Ameixa
Vírus
Autor
Luis Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado
O PDV (Prune Dwarf Virus) está associado a várias doenças economicamente importantes em frutas de caroço. Ameixeiras infectadas por este vírus desenvolvem folhas estreitas e mais espessas que as normais. Os internós ficam dispostos em forma de roseta no início da primavera, adquirindo a forma normal no final desta estação. O agente causal dessa enfermidade pertence ao grupo ilarvirus, com partículas isométricas ou na forma de pequenos bacilos.
Trabalhos de pesquisa desenvolvidos na Embrapa Clima Temperado indicaram a presença do Prune Dwarf Virus em uma planta de ameixeira; entretanto, ocorre com mais frequência em amostras coletadas em diferentes cultivares de pessegueiro. Este vírus infecta um grande número de espécies de prunus e pode ser transmitido, por inoculação, para várias espécies de plantas herbáceas.
A disseminação ocorre através do pólen, da semente e, principalmente, através do uso de material vegetal contaminado, durante a produção de mudas. Uma estratégia de controle consiste em evitar a introdução de materiais provenientes de locais onde o problema ocorre. As medidas de controle envolvem principalmente os programas de certificação de mudas. Para esta virose, na avaliação das plantas matrizes de Stanley, foram utilizados testes em plantas indicadoras, teste imunológico Elisa e microscopia eletrônica.
Várias espécies de Prunus podem ser hospedeiras do Prunus Necrotic Ringspot Virus. Alguns strains não induzem sintomas aparentes, entretanto, podem ser diagnosticados com o uso de plantas indicadoras, como por exemplo, a cerejeira Shirofugen ou através de testes sorológicos, principalmente o teste de Elisa. Outras variações desse vírus podem ocasionar lesões necróticas no primeiro ano, seguindo clorose crônica das folhas com necrose, deformações e maturação tardia de frutos.
O agente causal inclui um complexo de vírus. Este nome é utilizado para designar todos os membros sorologicamente relacionados do grupo Ilarvirus subgrupo III, cujas partículas podem ser isométricas ou na forma de pequenos bacilos. É transmitido através do pólen, podendo infectar sementes.
Apresenta instabilidade em extratos de tecidos vegetais, mas pode ser purificado após inoculado em plantas de pepino (Cucumis sativus L.) ou Chenopodium quinoa Willd. As medidas de controle envolvem programas de certificação de mudas. Uma estratégia de controle consiste em evitar a introdução de materiais provenientes de locais onde o problema ocorre. Plantas enfermas devem ser imediatamente retiradas do pomar. Na avaliação das plantas matrizes de Stanley, para esta virose, foi utilizando o teste imunológico Elisa, microscopia eletrônica e testes em plantas indicadoras.
De acordo com dados de literatura, o Plum Line Pattern Virus tem sido descrito em países europeus e nos Estados Unidos da América, sendo normalmente transmitido mecanicamente entre cultivares de ameixeira. As características do agente causal dessa doença ainda não estão bem definidas, embora se saiba que pertence ao grupo ilarvirus, apresentando genoma tripartido de RNA. Em algumas cultivares, a sintomatologia inicia por linhas amarelas ou amarelo-esverdeado na primavera, evoluindo para o branco durante o verão. Muitas cultivares podem não apresentar sintomas aparentes.A sintomatologia é variável com a estirpe do vírus, com a cultivar e com o meio ambiente. Embora muitos ilarvirus sejam transmitidos pelo pólen e pela semente, até o momento, o único modo de transmissão conhecido é através da enxertia de material de propagação infectado. As medidas de controle envolvem programas de certificação de mudas. Uma estratégia de controle consiste em evitar a introdução de materiais provenientes de locais onde o problema ocorre. Sintomas de Plum Line Pattern Virus têm sido observados em pomares de ameixeira da cultivar Golden Japan localizados na região de Pelotas, Rio Grande do Sul. Para esta virose, a avaliação das plantas matrizes de Stanley foi realizada, utilizando microscopia eletrônica e testes em plantas indicadoras.