Ameixa
Sintomas deficiência
Autores
Luis Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado
Cláudio José da Silva Freire - Consultor autônomo
Maria Laura Turino Mattos - Embrapa Clima Temperado
A deficiência nutricional em plantas de ameixeira indica uma condição aguda de falta de nutrientes, já que os sintomas somente se evidenciam quando esta se encontra em estágio avançado, ocasionando, nesse caso, um retardamento do crescimento e prejuízos à produção e à qualidade dos frutos, entre outros problemas.
Quando a observação das folhas revela determinadas características pode-se suspeitar de deficiência nutricional. Tais padrões são mais ou menos específicos para cada nutriente. No entanto, os sintomas carenciais variam de acordo com a espécie, cultivar e fatores ambientais. Lamentavelmente, não são, ainda, conhecidos os sintomas carenciais para todos os nutrientes e culturas. Por vezes, acontece que os sintomas visuais de dois nutrientes são idênticos.
Quando os sintomas são bem conhecidos, esse método de diagnose nutricional, sem dúvida, é o mais rápido, fácil e barato que se conhece.
Nitrogênio (N): O sintoma corresponde a um amarelecimento das folhas basais. Persistindo as limitações no suprimento a coloração amarela aumenta gradativamente, progredindo para as folhas da extremidade dos ramos.
Fósforo (P): Provavelmente devido à pequena necessidade de fósforo e pela capacidade da ameixeira de extraí-lo do solo, mesmo em situações limitantes, os sintomas carenciais são difíceis de serem observados. Em condições de laboratório as folhas mostram coloração verde-escura.
Potássio (K): Com relação aos sintomas de deficiência de potássio, inicialmente, aparecem manchas necróticas ao longo de quase toda a borda do limbo, progredindo em direção à nervura central, sem, no entanto, atingir toda a folha. As bordas das folhas enrolam-se para cima até tocarem-se, formando um cartucho característico.
Cálcio (Ca): Em condições de pomar, dificilmente observam-se plantas de ameixeira com sintomatologia carencial de cálcio porque, mesmo em solos pobres, o teor desse elemento situa-se acima do nível crítico. Os sintomas de deficiência induzida experimentalmente caracterizam-se pelo murchamento de folhas e de ramos mais finos. Com a evolução da deficiência ocorre a paralisação do crescimento da parte aérea da planta. Devido à extrema imobilidade desse nutriente na planta, ocorre, a seguir, a morte das gemas terminais.
Magnésio (Mg): Quando há carência de magnésio, inicialmente, as folhas mais velhas apresentam manchas amarelo-palha na borda do limbo. Com o passar do tempo, elas evoluem para manchas necróticas, deixando o limbo perfurado, ocorrendo também queda das folhas. Ocorre, ainda, uma clorose internerval ao redor da nervura central. Sob condições de campo é bastante difícil a identificação dos sintomas carenciais agudos desse nutriente, já que a deficiência causa um intenso desfolhamento da planta, da parte basal para a apical dos ramos.
Zinco (Zn): O primeiro indício da deficiência de zinco é a clorose irregular, de coloração amarelo-pálido, entre as nervuras das folhas mais velhas. Há encurtamento dos entrenós e, em casos severos, estes tornam-se tão curtos, que há a formação de rosetas.
