O preparo do solo consiste da aração, gradagem e levantamento dos canteiros. Deve ser evitado o uso excessivo do encanteirador, por causar a destruição da estrutura do solo e facilitar a formação de crosta e a compactação do subsolo, efeito agronomicamente chamado de pé-de-grade, que deformam e prejudicam o crescimento das raízes.

 

Em terrenos mais planos, como aqueles em que geralmente se cultiva a cenoura, o aumento da densidade do solo leva ao acúmulo de água em áreas deprimidas e à redução no arejamento do solo naqueles locais. Além de comprometer a respiração do sistema radicular, o excesso de água pode favorecer a redução de certos elementos químicos metálicos, como ferro e manganês, podendo chegar mesmo a causar sintomas de toxidez, dependendo dos teores no solo e da sensibilidade da espécie cultivada.

 

Algumas doenças de solo podem também ser favorecidas pelo encharcamento causado pelo aumento na densidade do solo. Estes problemas podem ser reduzidos pela diminuição do tráfego de máquinas na área, pelo uso do arado de aiveca de dois em dois anos e, principalmente, pela adoção da rotação de culturas com leguminosas e, se possível, gramíneas.

 

Figura 1. Levantamento de canteiros usando grade rotativa

 

Os canteiros devem ter 0,80 m a 1,40 m de largura, 15 a 30 cm de altura dependendo do equipamento utilizado (Figuras 1 e 2), e devem estar distanciados uns dos outros em aproximadamente 30 cm. Em solos argilosos, no período das chuvas, a altura deve ser maior, para facilitar a drenagem. Na semeadura manual, os sulcos nos canteiros, para a distribuição das sementes, pode ser feito transversal ou longitudinalmente. Sulcos transversais permitem maior número de plantas por unidade de área em comparação ao uso de sulcos longitudinais.

 

Figura 2. Incorporação do adubo e levantamento de canteiros usando encanteirador tratorizado