Adubação do coqueiro

A nutrição equilibrada do coqueiro constitui-se em pré-requisito de fundamental importância para que se obtenha uma produção adequada. A determinação da necessidade de adubação e/ou calagem do coqueiral, deverá ser realizada tomando-se como base a análise do solo e foliar.

Análise de solo - para áreas já implantadas, recomenda-se a coleta de amostras na projeção da copa das plantas, que corresponde a um raio de 2 m a partir do estipe. Deve-se coletar 20 subamostras, tomadas a uma profundidade de 0 a 20 e 20 a 40 cm, para uma área homogênea de 10 ha aproximadamente. As amostras coletadas nas entrelinhas devem ser tomadas a uma profundidade de 0 a 20 cm, e tem como objetivo avaliar a acidez do solo, para possível correção através da calagem.

Análise foliar – as folhas a serem amostradas devem estar localizadas no meio de copa dos coqueiros. De acordo com a idade e desenvolvimento das plantas, são normalmente coletadas as folhas de número 4, 9, e 14, contadas a partir da folha mais nova e que se encontra com folíolos diferenciados constituindo-se assim a folha número 1. Em coqueiros jovens a contagem é feita a partir da folha número 1 até as folhas 4 ou 9, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta. Em plantas adultas, deve-se localizar as folhas de cujas axilas encontram-se a inflorescência mais recente aberta (folha 10), a qual está situada numa posição quase que oposta àquela que dá origem a uma inflorescência mais próxima da sua abertura (folha 9). O passo seguinte será a identificação da folha 14, que dá origem a um cacho com frutos médios do tamanho de um punho fechado, e que encontra-se localizada no meio da copa logo abaixo da folha 9, apresentando assim maior projeção sobre o solo. Para correta identificação, deve-se observar a posição das inflorescências e cachos, os quais se desenvolvem sempre de um mesmo lado da folha. Identificada a folha a ser amostrada, devem ser coletados três folíolos de cada lado da sua parte central, amostrando-se apenas 10 cm, posteriormente acondicionado em saco de papel.  As amostras devem ser coletadas a partir de áreas homogêneas com aproximadamente 10 ha, tomando-se 25 plantas para compor uma amostra de coqueiros de origem genética desconhecida, 20 plantas para coqueiros híbridos e 15 planta para coqueiros anões. As amostras devem ser coletadas no início do período seco, entre 7 e 11 horas da manhã. Quando há ocorrência de precipitação superior a 20 mm, torna-se necessário aguardar 36 horas para nova coleta de folhas.  Após a coleta, o material deve ser enviado para laboratório no mesmo dia. Quando não for possível, deve-se manter as amostras em refrigerador com prazo máximo de 3 dias após a coleta. A amostra deverá conter nome do proprietário e da propriedade, posição da folha amostrada, idade da planta, data de coleta, localização da amostra no plantio. Quando a análise foliar for realizada para detectar a fome escondida (estágio da deficiência onde os sintomas ainda não são visíveis) e/ou para confirmar deficiências os resultados das amostras de  folha podem ser interpretados utilizando-se as Tabelas  1  e 2  para os  coqueiros gigante e hibrido e anão respectivamente.

Tabela 1. Níveis críticos de N, P, K, e Mg nas folhas 9 e 14 do coqueiro Gigante e coqueiro-híbrido.          

Tabela 2. Níveis críticos de N, P, K, Ca, Mg, S, Cl e Na  Mn, Zn, Cu, B, e Fe  nas folhas 9 e 14 do anão verde.

 Calagem

A calagem pode ser efetuada na área como um todo, localizada na projeção da copa ou na cova de plantio. Caso o alumínio esteja acima de 0,5 cmolc dm^-3 de solo, a calagem deve ser efetuada na área toda, no sentido de reduzir a toxidez.  Na hipótese de alumínio, cálcio e magnésio baixos, a calagem deve ser efetuada na área do círculo, que tem como centro o estipe e como limite a projeção da copa. Nos dois métodos, a incorporação é importante, pois favorece as reações de dissolução do calcário. O espaço de tempo entre a calagem e a adubação deve ser de, no mínimo, 60 dias. A aplicação de calcário na cova de plantio é recomendada para evitar que a presença do Al+3 iniba o crescimento radicular.

Adubação do coqueiro Gigantes

Na Tabelas 3, estão sugestões de adubação para os coqueiros Gigantes em produção.

Tabela 3 - Sugestões de adubação do coqueiro Gigante em produção, com base nas  análises de folha para o N e de solo e folha para P e K.                  

O extrator utilizado para o fósforo é o Mehlich^-1  e o nível critico de P no solo, muda com o teor de  argila.

Adubação para coqueiro Anão irrigado em crescimento e em produção
        
Adubação de plantio e formação

Na cova de plantio, misturar à terra superficial  800 g de superfosfato simples e um adubo orgânico disponível como esterco bovino, ovino ou de aves. Caso seja utilizado um adubo orgânico, esperar trinta dias para efetuar o plantio. No primeiro ano, aplicar 50 g por mês de ureia e KCl. A partir do primeiro ano, as sugestões de adubação estão na Tabela 4.

Tabela 4. Sugestões de adubação para o coqueiro Anão em crescimento       

 O extrator utilizado para o fósforo é o Mehlich^-1  e o nível critico de P no solo, muda com o teor de  argila.

As sugestões de adubação para o coqueiro Anão irrigado com base nas analises de solo e folha são mostradas na Tabela 5.  A análise de solo deve ser usada para o P e o K quando a  análise foliar não estiver disponível. 

Tabela 5. Sugestões de adubação com N, P e K  para o coqueiro anão irrigado em produção, com base nas  análises de solo e folha.           

O extrator utilizado para o fósforo é o Mehlich^-1  e o nível critico de P no solo, muda com o teor de  argila. 

Quando o S na folha estiver abaixo de 1,5 g kg^-11 e as fontes de N, P e K não contiverem S, aplicar 100 g de S elementar por planta. Na tabela 7, estão sugestões de adubação com Zn, Mn B e Cu para o coqueiro Anão irrigado com base nas analises de solo e folha.

Tabela 7. Sugestões de adubação para coqueiro Anão com B, Cu, Mn, e Zn com base nas análises de solo e folha .