Manejo de cascas e palhadas

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Humberto Rolemberg Fontes - Consultor autônomo

Carlos Roberto Martins - Embrapa Clima Temperado

 

Após o descascamento do coco seco, o produtor tem como hábito a queima das cascas, utilizando esporadicamente as cinzas para aplicação na zona de coroamento do coqueiro, ou simplesmente deixando o material a campo, exposto às intempéries e provocando a perda do seu valor como fonte de nutrientes. Esta prática decorre não só do desconhecimento sobre a importância desse material como fonte de  potássio, como também pelo sistema de produção adotado na maioria das propriedades, onde o coco é colhido e transportado com casca para a sede da fazenda, quando então se procede ao descascamento, amontoamento e queima.

No que se refere às folhas secas, estas são normalmente cortadas por ocasião das colheitas realizadas, em média, a cada três meses. Este material poderá ser depositado na zona de coroamento para favorecer a retenção de umidade do solo, ou mesmo distribuído nas linhas e entrelinhas de plantio (Figura 1 ).

     Foto: Humberto Rolemberg, 2010

    
    Figura 1. Distribuição de cascas de coco nas entrelinhas

 

O melhor aproveitamento das cascas, folhas e demais restos de cultura é obtido quando se faz o processamento deste material com equipamento apropriado, que poderá ser utilizado como cobertura morta ou substrato para compostagem. Uma opção também seria o semiprocessamento deste material, utilizando-se neste caso roçadeira mecânica ou implementos adaptados conhecidos como trinchas, que devem ser acoplados ao hidráulico do trator.