Um dos fatores de sucesso de crescimento e produtividade de Eucalyptus em solos de baixa fertilidade é a ciclagem de nutrientes realizada durante o ciclo de desenvolvimento da floresta. Neste processo, constantemente, folhas e galhos são depositados no solo e são decompostos pelos macros e microorganismos, com consequente liberação dos nutrientes minerais retidos na serapilheira (deposição pelas árvores de galhos e folhas sobre a superfície do solo) para as plantas. Tanto a deposição como a decomposição da serapilheira são processos fundamentais para a ciclagem de nutrientes no interior de um povoamento de Eucalyptus. Os nutrientes minerais liberados na decomposição e disponibilizados às plantas são um importante adicional para as necessidades anuais das árvores. A quantidade de nutrientes disponibilizados é função da velocidade de decomposição dos resíduos florestais, que depende, dentre outros fatores, da composição da serapilheira, da quantidade de água da chuva, da temperatura e da qualidade do sítio.

A decomposição da serapilheira é mais rápida nos sítios mais produtivos, portanto, maior produtividade depende, além da velocidade de decomposição do material vegetal depositado no solo, da quantidade de nutrientes presentes na serapilheira.

Os nutrientes liberados nos processos de ciclagem suprem grande parte das necessidades das árvores. Além da liberação de nutrientes para as plantas, a serapilheira exerce importantes efeitos benéficos sobre as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, contribuindo para o aumento nos teores de matéria orgânica, na capacidade de retenção de água, além de constituir uma fonte de energia para os organismos do solo.