Eucalipto
Manejo
Autor
Sergio Ahrens - Consultor autônomo
Em termos genéricos, o manejo de plantações florestais diz respeito ao processo de se decidir acerca da organização das medidas que devem ser implementadas em uma floresta (um agregado de talhões) de modo que seja possível produzir madeira, no tempo e no espaço, de acordo com os objetivos de uma organização florestal como, por exemplo, uma pequena propriedade imóvel rural, uma associação, cooperativa ou grupo de produtores, ou uma empresa florestal. Em síntese, manejo florestal trata das decisões que devem ser executadas para responder às seguintes questões básicas: onde, quando, como e quanta madeira deve ser produzida e com que características ou qualidade?
Usualmente, indústrias florestais têm que se abastecer de madeira conforme a sua capacidade instalada de processamento e produção, o que requer planos de manejo bastante complexos, sofisticados e, com frequência, documentados. Na pequena propriedade imóvel rural, de outro lado, plantações florestais, de pequena extensão, são estabelecidas para maximizar o retorno monetário ao investimento: neste caso, a noção de floresta confunde-se com a de talhão ou compartimento, e o planejamento pode ser feito por unidade de área.
Para a pequena propriedade rural, um plano de manejo, por mais simples que seja, deve considerar, pelo menos, as seguintes partes componentes, e sobre as quais decisões são necessárias:
- definição do(s) objetivo(s) para a produção (mercado para a madeira);
- caracterização do clima e solos;
- escolha da(s) espécie(s);
- localização das plantações;
- rede viária e medidas de proteção (aceiros);
- espaçamento inicial entre mudas;
- regime de desrama (ou poda);
- regime de desbastes;
- rotação (ou idade para o corte-final ou corte-raso);
- cronograma de execução e orçamento.
O sucesso do investimento em plantações florestais, inclusive com espécies de eucalipto, depende, em grande parte, da elaboração de um plano de manejo adequado ao conjunto de circunstâncias que melhor descrevam e caracterizem o empreendimento. Um plano de manejo não é estático: eventualmente, ao longo de sua implementação, ajustes e adequações poderão ser necessários e devem ser incorporados, tendo em vista imprevistos, novas situações, e alterações ocorridas em fatores externos como, por exemplo, as condições de mercado.