Tratamentos hidrotérmicos

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Joston Simão de Assis - Consultor autônomo

Maria Auxiliadora Coêlho de Lima - Embrapa Semiárido

 

A manga destinada à exportação pode ser submetida a tratamentos hidrotérmicos se os requisitos de mercado da fruta ou a recomendação técnica de controle fitossanitário justificarem o seu emprego.

As instalações para tratamento fitossanitário hidrotérmico devem contar com capacidade adequada para o aquecimento da água, com isolamento térmico e um controle termostático que permita manter uma temperatura determinada, ou ligeiramente maior que esta, durante o tempo de tratamento estabelecido.

Este tipo de tratamento é usado para controle de algumas doenças pós-colheita causadas por fungos como Colletotrichum gloeosporiodes, agente causal da antracnose, e de moscas-das-frutas. O correto atendimento às recomendações de temperatura e período de permanência da manga nesta condição determina a eficiência do tratamento e a qualidade final da fruta.

O principal problema associado à aplicação do tratamento é a possibilidade de danos causados pelo calor, caso não haja um controle perfeito da temperatura. Em mangas, temperaturas elevadas provocam danos que vão desde escurecimento de lenticelas e atraso ou inibição da queda de acidez e do amaciamento da fruta durante o amadurecimento até colapso da polpa e alteração do sabor. Em condições mais severas, pode ocorrer fermentação da polpa. Entretanto, esses problemas são oriundos de negligência na observação dos procedimentos e recomendações durante a realização do tratamento hidrotérmico.