Solo

Conteúdo atualizado em: 25/02/2022

Autor

Flávia Maria Vieira Teixeira - Embrapa Hortaliças

 

O tomateiro pode ser cultivado em qualquer tipo de solo, desde que sejam observadas condições físicas que podem inviabilizar seu uso, como por exemplo presença de pedras e má capacidade de retenção de umidade.

Deve-se realizar uma ou duas arações, seguidas ou não de uma ou duas gradagens, em condições de plantio no campo aberto. A finalidade de aderir a determinadas metodologias de operações é dependente substancialmente das condições em que se encontra o solo específico. Tendo sempre como objetivo um resultado de solo sem sulcos profundos ou torrões.

O preparo do solo para o tomate industrial é de grande importância porque reflete diretamente na qualidade da colheita. Considerando que praticamente 100% da colheita deste tipo de tomate no estado de Goiás é mecanizada, um preparo inadequado com torrões e sulcos profundos, tráz prejuízos consideráveis.

Um deles pode ser contabilizado quando há sulcos profundos entre as linhas de plantio, pois o fruto ao ser enleirado fica alocado na base do sulco saindo do alcance da “boca” da colhedeira. Outro grave prejuízo, também causado por sulcos profundos, é o aumento do percentual de terra que é retirado pela máquina na tentativa de recolher os frutos que ficaram nos sulcos, a presença de torrões na área também aumenta o este percentual. É importante ressaltar que a maioria das indústrias, a partir de um limite máximo estipulado, descontam o percentual de terra no preço do tomate pago ao produtor.

Para o tomate de mesa, o preparo inadequado de solo trás sérios problemas na condução na cultura, principalmente relacionados à irrigação. Para sistemas de irrigação por gotejamento em solos com torrões, há queda significativa da eficiência da área molhada em função da irregularidade ou mesmo obstrução dos gotejadores. Na irrigação por sulcos o preparo do solo tem que ser o mais regular possível para que seja formada uma lâmina de molhamento uniforme.