Secagem

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

José Roberto Salvadori

João Leodato Nunes Maciel - Embrapa Trigo

Irineu Lorini

Arcenio Sattler

Alfredo do Nascimento Junior - Embrapa Trigo

Paulo Roberto Valle da Silva Pereira - Embrapa Florestas

Sírio Wietholter - Embrapa Trigo

Sandra Patussi Brammer - Embrapa Trigo

Leandro Vargas - Embrapa Trigo

 

A secagem é uma operação crítica na sequência do processo de pós-colheita. Como consequências da secagem, podem ocorrer alterações significativas na qualidade do grão.

A possibilidade de secagem propicia um melhor planejamento da colheita e o emprego mais eficiente de equipamentos e de mão de obra, mantendo a qualidade do grão colhido. O teor de umidade recomendado para armazenar o triticale colhido é da ordem de 13%.

Desse modo, todo o produto colhido com umidade superior à indicada para armazenamento deve ser submetido à secagem. Em lotes com mais de 16% de umidade, indica-se a secagem lenta para evitar danos físicos no grão. A temperatura máxima na massa de grãos não deve ultrapassar 60 ºC, para manutenção da qualidade tecnológica do produto. Nos secadores, essa temperatura é obtida mediante a entrada de ar aquecido a mais ou menos 70 ºC. A secagem artificial de grãos caracteriza-se pela movimentação de grandes massas de ar aquecidas até atingirem temperaturas na faixa de 40 a 60 ºC na massa de grãos, com o objetivo de promover a secagem de grãos em reduzido período de tempo. O aquecimento do ar ambiente requer uma alta potência térmica, obtida com a combustão controlada de combustíveis. A lenha é o combustível mais usado na secagem de grãos.

Recentemente, vem se difundindo o uso de GLP (gás liquefeito de petróleo) em secadores cujas condições de queima são mais controladas, em relação ao uso de lenha. As principais desvantagens do uso de lenha são: combustão descontínua e irregular, formação de fumaça que se impregna no grão, alta demanda de mão de obra e de espaço próprio para cultivo de espécies florestais.

Dependendo do tipo de secador, varia a temperatura de entrada de ar de secagem. Para atender às necessidades, os secadores existentes contemplam inúmeras formas construtivas e operacionais, destacando-se quanto ao sistema de carga (intermitentes ou contínuos) e quanto ao fluxo de ar (concorrente, contracorrente, cruzado ou misto).