Triticale
Colheita
Autores
Paulo Roberto Valle da Silva Pereira - Embrapa Florestas
Alfredo do Nascimento Junior - Embrapa Trigo
A rentabilidade da cultura de triticale está diretamente relacionada com as condições de condução da lavoura e de como esta chega ao ponto de colheita. Todos os cuidados e esforços investidos durante esse período terão sido em vão se a colheita não for realizada de maneira eficiente.
A colheita de grãos é a etapa do processo de produção que gera a maior expectativa no produtor. É justamente nesse preciso momento, através da operação mecânica de colheita, que o agricultor começa a reverter em capital todo o investimento feito na instalação e na condução da lavoura.
Foto: Paulo Kurtz
Figura 1. Colheita de triticale.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, perde-se, em média, 5% de grãos de trigo por problemas de colheita. Em levantamentos realizados, pode-se afirmar que pelo menos 50% dessas perdas poderiam ser eliminadas, desde que fossem respeitadas as épocas de colheita e reguladas as colhedoras. Conhecer e confirmar o real desempenho de uma colhedora são fatores importantes, ou mesmo fundamentais, quando se pensa em otimizar desempenho, minimizar custos, agregar tecnologia a produtos ou desenvolver novos mecanismos.
No caso do triticale, é fundamental que a colheita seja realizada com velocidade de máquina menor e que a umidade dos grãos e das espigas estejam o mais secas possíveis para proporcionar trilha adequada. O uso de batedores em forma de barras são mais eficientes do que aqueles em forma de dentes. No cilindro, o uso de preenchimento entre os dentes faz com que as espigas sejam melhor trilhadas.
O desenvolvimento de metodologias para regulagem de colhedoras, assim como a adoção de novos mecanismos que potencializem o seu desempenho, constitui um dos meios para minimizar as perdas em níveis tecnológica e economicamente viáveis.