Uva de Mesa
Umidade relativa do ar
Autores
Antônio Heriberto de Castro Teixeira
Magna Soelma Beserra de Moura - Embrapa Semiárido
Francislene Angelotti - Embrapa Semiárido
A umidade relativa do ar ao longo do ciclo da cultura da videira influencia tanto os aspectos fisiológicos quanto a ocorrência de doenças fúngicas e bacterianas. Valores mais elevados proporcionam o desenvolvimento de ramos mais vigorosos, aceleram a emissão das folhas e favorecem uma maior longevidade. Porém, quando associados a valores de temperaturas do ar elevados, a incidência de doenças torna-se mais intensa. A temperatura e a umidade relativa do ar atuam no processo de evapotranspiração. O ar aquecido próximo às plantas transfere energia para o parreiral na forma de fluxo de calor sensível, concorrendo para o aumento das taxas de transferência de água para a atmosfera. A diferença entre as pressões do vapor d’água no parreiral e do ar vizinho é um fator determinante para a remoção do vapor.
Cultivos comerciais bem irrigados em regiões semiáridas, como no caso daqueles situados no Submédio do Vale do São Francisco, consomem grandes quantidades de água, devido à abundância de energia solar e o elevado déficit de pressão de vapor. Nesta região produtora de uvas de mesa os meses mais úmidos correspondem àqueles do período chuvoso, quando, a umidade relativa varia em média de 61% a 72%. Menores valores acontecem nos meses de setembro e outubro, abaixo de 52%, coincidindo com os meses mais quentes do ano.