Uva de Mesa
Vento
Autores
Antônio Heriberto de Castro Teixeira
Magna Soelma Beserra de Moura - Embrapa Semiárido
Francislene Angelotti - Embrapa Semiárido
O vento forte apresenta-se como um grande problema para o cultivo de uvas de mesa, pois provocam danos físicos em parreirais em formação, causando a quebra dos ramos novos e abortamento de flores, influenciando a abertura/fechamento dos estômatos com consequentes efeitos na produtividade e na qualidade de frutos.
Os ventos também atuam no processo de evapotranspiração, pois quando o ar acima da cultura vai se tornando gradativamente saturado com vapor d’água, a sua remoção depende, em grande parte, da turbulência do ar. Assim, quando a velocidade do vento é igual a zero ou muito baixa, a remoção da camada de ar saturado também é lenta, o que promove o decréscimo da transferência do vapor d’água para a atmosfera.
Para reduzir a velocidade do vento nos “túneis” formados abaixo da latada, entre as fileiras, principalmente nas extremidades situadas a barlavento (ou seja, a favor do ao vento) têm sido muito utilizados quebra-ventos com tela sintética tipo sombrite ou com plantas vivas no Vale do São Francisco.
Foto: Magna Soelma B. Moura.
Figura 1: Uso de quebra-vento (ao fundo) em parreiral conduzido em sistema de latada.
Na região produtora do Submédio do Vale do São Francisco, os valores mais elevados ocorrem no período seco, entre os meses de agosto a outubro, chegando a valores médios em torno de a 278 km dia-1, no mês de setembro. Os menores valores ocorrem no período chuvoso com valores médios cerca de 152 km dia-1.