A videira é um arbusto com caule sarmentoso e hábito de crescimento trepador. Caracteriza-se por plantas que possuem raiz, caule, folhas, frutos e sementes. A maioria do sistema radicular da videira encontra-se nos primeiros 60 cm de profundidade do solo. A videira propagada por sementes origina uma raiz principal que se ramifica em raízes secundárias, terciárias, e assim, sucessivamente, até formarem as radicelas, onde ocorre a absorção de água e nutrientes. Quando propagada por estacas, não existe uma raiz principal, desenvolvendo-se raízes adventícias. A parte aérea compreende um tronco ou caule, também denominado cepa, que se subdivide em ramos ou braços e estes, por sua vez, em varas. Quando herbáceos, os ramos são denominados pâmpanos ou brotos e, quando lenhosos e sem folhas, são chamados bacelos. As folhas são compostas de limbo e pecíolo e surgem alternadamente nos ramos, apresentando variações relacionadas ao tamanho, formato, cor, presença ou ausência de pelos. Estas características são utilizadas para auxiliar na distinção das cultivares. As gavinhas são órgãos que se inserem no lado oposto da folha e se alternam no ramo com as inflorescências. Elas têm como função dar sustentação à planta, enrolando-se em tutores e arames. As flores são pequenas e estão reunidas em inflorescências denominadas cachos. Podem ser hermafroditas, também denominadas perfeitas, ou unissexuadas e apresentam cinco estames (inseridos na base da flor pelos filamentos), ovário, estilo e estigma cobertos pela corola de cinco pétalas únicas entre si no ápice. Os frutos da videira são denominados de bagas e estão reunidos em cachos. Estes, por sua vez, são compostos de um eixo principal denominado engaço ou ráquis e dos engaços laterais e pedicelos. No interior das bagas, podem ser encontradas de uma a quatro sementes. Algumas cultivares não possuem sementes.