Uva de Mesa
Plantas invasoras
Autor
José Barbosa dos Anjos - Embrapa Semiárido
O controle de plantas espontâneas, vulgarmente conhecidas como plantas indesejáveis ou ervas daninhas, pode ser feito por meios mecânicos, tais como: capinas manuais (enxadas), gradagem (a tração animal ou a trator) e roçagem, a qual é mais recomendável, uma vez que reduz a mobilização do solo, além de conservar a diversidade biológica na área do parreiral. O roço pode ser efetuado com ferramentas manuais (estrovengas), utilizando equipamentos motorizados de pequeno porte ou roçadeira portátil motorizada, de tração mecânica ou trator e a capina química, por meio da pulverização com herbicidas. No último caso, é necessário obedecer à legislação vigente e às normas regidas pelos sistemas de certificação, quando se trata de exportação, principalmente. O ideal seria o desenvolvimento ou a adaptação de ceifadeiras para fazer o corte na base da vegetação, seja de plantas nativas ou intencionalmente cultivadas nas entrelinhas, destinada à adubação verde, ou para formar um manto para o tráfego de máquinas, principalmente nos períodos chuvosos, para amenizar a compactação do solo.
Fotos: José Barbosa dos Anjos.
Figura 1. Eliminação de ervas no parreiral por roçagem manual (A); roçadeira portátil motorizada (B); roçadeira à tração mecânica (C); aplicação de herbicida na linha de plantio (D).
O controle de plantas espontâneas em parreirais, também, pode ser efetuado com o emprego de animais, essencialmente ovinos. Apesar de ser uma prática eficiente, não é permitida pelas normas da PI (Produção Integrada) de Uva e de certificações internacionais, como GLOBAL GAP e USA GAP, pelos riscos de contaminação da uva por microrganismos hospedeiros dos animais. Além disto, o pisoteio destes animais podem condicionar um processo de compactação excessiva da camada superficial do solo. Outras normativas de certificação têm procedimentos diferentes como restrições aos produtos químicos, como os herbicidas, e ao tráfego de máquinas.
Foto: José Monteiro Soares