Podas

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Patrícia Coelho de Souza Leão - Embrapa Semiárido

 

A poda da videira compreende a remoção de ramos, braços e, excepcionalmente, do tronco, assim como de partes herbáceas (brotações, gavinhas, folhas, cachos, etc.), resultando em alterações significativas na fisiologia da planta. Nas condições do Submédio do Vale do São Francisco, algumas podas são realizadas durante o período de repouso, sendo denominadas de poda seca, e outras que são executadas durante o período de crescimento vegetativo da planta (poda verde).

Quando não se realiza a poda, a videira adquire grandes dimensões, seus ramos possuem muitos brotos concentrados nas gemas apicais e de baixo vigor individual, ficando as gemas basais e medianas sem brotar. A vegetação se distancia cada vez mais da base da planta, que cresce desordenadamente, dificultando as operações de cultivo. Os cachos, por sua vez, têm poucas reservas armazenadas, são pequenos e amadurecem de modo desuniforme, apresentando, portanto, baixa qualidade. Em resumo, os principais objetivos da poda, no cultivo de uvas de mesa, são:
 
  • Estabelecer uma formação primária à planta no primeiro ano e preservá-la ao longo do tempo, a fim de facilitar as práticas culturais e tornar a atividade economicamente viável,
  • Proporcionar colheitas regulares,
  • Favorecer a obtenção de cachos de boa qualidade, com tamanho, peso e maturação satisfatórios,
  • Limitar o crescimento vegetativo e acomodar a planta dentro de dimensões pré-determinadas, de acordo com as características genéticas da cultivar e das possibilidades do ambiente de cultivo,
  • Assegurar uma distribuição adequada e uniforme de seiva para todos os órgãos da planta, permitindo o armazenamento de material de reserva, essenciais para a manutenção de colheitas regulares e de boa qualidade, aumentando a vida útil da planta.

As podas adotadas na videira são: de formação, de produção e verde, conforme descrito a seguir.