Agroenergia
Macaúba
Autores
Talita Delgrossi Barros - Consultora autônoma
José Gilberto Jardine - Embrapa Territorial
A macaúba (Acrocomia aculeata), também chamada popularmente como coco-baboso, coco-de-espinho ou macajuba, é uma palmeira nativa brasileira da família botânica Palmae e pode ser encontrada em quase todas as regiões do território brasileiro.
A palmeira é arborescente, espinhosa, tem mais de 15m de altura e se adapta facilmente ao clima e a diversos tipos de solo. É uma planta perene que dura até cem anos e necessita de pouca água para sua sobrevivência.
As amêndoas dos cocos são revestidas por uma polpa que tem a capacidade de gerar grandes quantidades de óleo que é incorporado ao processo produtivo da indústria de sabões. O óleo obtido das amêndoas dos cocos possui bom rendimento e também é comestível, podendo ser empregado na indústria de alimentos.
Produção de mudas
O óleo desta palmeira apresenta vantagens sobre outras oleaginosas, uma vez que pode produzir até 5 ton/ha de óleo e apresenta alta rentabilidade. Por isso, vem sendo empregado no processo de obtenção do biodiesel através da reação de transesterificação.
No plantio de macaúba utiliza-se mudas obtidas de sementes pré-germinadas. Após a remoção da casca e das fibras da macaúba, as sementes do fruto são extraídas e submetidas a um tratamento especial para que suas primeiras estruturas se desenvolvam, formando a muda.
As mudas são produzidas em duas etapas: pré-viveiro e viveiro. O pré-viveiro consiste em uma etapa preparatória que utiliza pequenos vasos para que as mudas ganhem força para tolerar as condições ambientais do viveiro definitivo.
Já o viveiro tem como objetivo oferecer condições para que as mudas possam atingir tamanho ideal para o plantio. Neste local, as plantas ficarão por mais tempo (varia de 5 a 10 meses) de acordo com as condições ambientais. Decorrido este tempo, as mudas estão prontas para o plantio.