O óleo vegetal é usado na preparação de alimentos, podendo ser obtido a partir da soja, milho, girassol, algodão, canola, entre outros. São formados por triglicerídeos, isto é, por ésteres derivados do glicerol, em que os ácidos graxos são constituídos de cadeias de 8 a 24 átomos de carbono, sendo líquidos na temperatura ambiente devido aos baixos pontos de fusão.

Após sua utilização, forma-se um resíduo que, quando descartado de maneira inadequada, provoca grandes impactos ao meio ambiente, como a impermeabilização do leito dos rios, causando enchentes, poluindo a água e matando animais e vegetais.

O processo de decomposição do óleo de cozinha produz metano, gás inodoro e incolor, que é emitido na atmosfera, formando uma mistura altamente explosiva.

A reciclagem desses resíduos produzidos pela atividade alimentícia tem sido foco de estudo da indústria de sabões, massa de vidraceiro, tintas, lubrificantes e rações. Ele também pode ser aproveitado na produção de biodiesel, tornando-se um biocombustível 100% renovável e alternativo ao diesel derivado do petróleo.

Processo de produção de biodiesel

Para a produção do biodiesel a partir do processo de transesterificação, é necessário que este óleo passe pelas etapas de decantação e filtração para que as impurezas sejam eliminadas.

Retiradas as impurezas, o óleo segue para um reator de inox para que seja realizada a reação com álcool, etanol ou metanol, na presença de um catalisador (potassa cáustica ou metilato de sódio). O tempo de duração da reação dura de 2 a 3 horas.

Com o término da reação, o produto é colocado em um tanque, ficando em descanso para que ocorra a separação das fases (biodiesel e glicerina). O biodiesel é extraído pelo sistema de drenagem.

O biodiesel extraído segue para outro tanque com agitação para que seja adicionada à terra filtrante e clarificante. A terra e as demais impurezas do biodiesel serão retiradas em um terceiro tanque, finalizando o processo.

Figura 1. Esquema do processo empregado para a produção de biodiesel