Tecnologia

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Talita Delgrossi Barros - Consultora autônoma

José Gilberto Jardine - Embrapa Territorial

 

Atualmente, o biodiesel pode ser produzido pelos processos de craqueamento, esterificação ou transesterificação, que pode ser feita pela via etílica (etanol anidro) ou metílica (metanol). A transesterificação é a metodologia mais usada.

No processo de transesterificação, o biodiesel é obtido a partir dos triglicerídeos extraídos de oleaginosas. Estes são transformados em moléculas menores de ésteres de ácido graxo (biodiesel) a partir de um agente transesterificante (álcool primário) e um catalisador (base ou ácido). Neste processo, obtém-se um subproduto nobre e de alto valor agregado, a glicerina ou glicerol, que, purificada, alcança valor de mercado superior ao biodiesel em vista de aplicações nos setores farmacêutico e químico.

Já o processo de craqueamento, também conhecido como pirólise, consiste na quebra de moléculas de triglicerídeos (presentes em óleos e gorduras) em moléculas menores, conhecidas como hidrocarbonetos. Geralmente neste processo ocorre a formação de uma mistura composta por hidrocarbonetos saturados, insaturados ou aromáticos, cetonas, aldeídos e ácidos carboxílicos. Estes últimos são compostos oxigenados que os tornam indesejáveis à utilização como biocombustível, pois deixam o produto ácido e podem levar os motores que o utilizam à corrosão.