Manejo Florestal
Comercialização
Autores
Claudenor Pinho de Sá - Consultor autônomo
Francisco de Assis Correa Silva - Embrapa Rondônia
No início do projeto, a comercialização da madeira proveniente do manejo era feita de forma fragmentada e dispersa no mercado local, tendo como clientes pequenas marcenarias e movelarias, ou para construção civil. Desta forma, não se identificam compradores que tenham se destacado pelo volume adquirido. Ainda assim, em diagnóstico realizado com os produtores foi possível agrupar a destinação da produção de acordo com o público comprador.
Como reflexo da prática de comercialização individual e da concorrência com a madeira clandestina, os produtores sem nenhum poder de barganha, em função dos baixos volumes, eram obrigados a aceitar os baixos preços impostos pelos compradores. Com isto, alguns produtores percebiam a atividade como inviável, além de serem obrigados a conviver também com a inadimplência dos compradores. Vale registrar que o mercado local não reconhecia a madeira manejada e, portanto, legal como um produto diferenciado.
Considerando o histórico das vendas no mercado local (1997-2003), visualizam-se como concorrentes os madeireiros/atravessadores que atuam na ilegalidade, explorando a floresta de forma predatória e ofertando no mercado madeira clandestina. A atuação no mercado se dá com a prática de preços inferiores ao da madeira manejada, atendendo a serrarias e depósitos normalmente irregulares no Ibama. Além disso, verifica-se também, notadamente no verão, o desmatamento de áreas de até 3 ha sem grandes entraves burocráticos. Essa produção abastece o mercado local de pequenas movelarias e marcenarias.
Além da grande dispersão do mercado consumidor da madeira na praça de Rio Branco (construção civil, pequenas marcenarias e movelarias), e considerando a oferta de madeira também pulverizada, não se dispõe de concorrentes com participação de mercado significativa. A partir de 2004, no entanto, com a certificação do projeto e obtenção do selo FSC, surge a expectativa de inserir a produção da Associação de Produtores Rurais em Manejo Florestal e Agricultura (Apruma) no segmento de produtos certificados.