Aspiração folicular

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Laboratório de Reprodução Animal

 

O desenvolvimento do método de punção folicular transvaginal (OPU) tem permitido a recuperação de ovócitos de animais vivos, permitindo a produção de embriões de fêmeas de várias idades e diferentes estágios fisiológicos.

Na OPU a obtenção de ovócitos é feita pela punção folicular com uma agulha acoplada a uma sonda transvaginal, de forma que, os folículos a serem puncionados são visualizados na tela do ultra-som. A média de ovócitos viáveis obtidos por coleta in vivo é em torno de oito, entretanto essa média depende da estratégia adotada. Assim é possível puncionar os folículos de uma doadora duas vezes por semana, uma vez por semana ou uma vez a cada duas semanas, sendo que, nas duas últimas alternativas é possível dobrar os resultados mediante a estimulação hormonal.

 

Foto: Regivaldo Vieira de Sousa

Figura 1.  Sonda transvaginal

 

Foto: Regivaldo Vieira de Sousa

Figura 2. Aspiração folicular.
 

Foto: Regivaldo Vieira de Sousa.

Figura 3.  Ovócitos imaturos.
 

Além da OPU em animais, ovários de animais mortos também podem ser utilizados para obtenção de ovócitos imaturos. Ovários de abatedouro, por exemplo, são a principal fonte de ovócitos para serem utilizados na pesquisa, e são geralmente provenientes de animais sem valor econômico. A aspiração de ovócitos a partir desses ovários, da mesma forma que no método in vivo, é realizada com uma agulha acoplada a uma bomba à vácuo, com a qual se aspira todos os folículos presentes na superfície dos ovários cujas medidas variem entre 2 e 6 mm de diâmetro. Além disso, quando se trabalha com ovários isolados de vacas de elevado mérito genético, além da punção dos folículos visíveis, pode ser feita a dissecação desses ovários maximizando o seu aproveitamento.

Os estudos nessa área visam verificar a influência de estratégias hormonais e nutricionais na qualidade e quantidade de ovócitos obtidos.