Dentre as técnicas de reprodução assistida, a produção in vitro de embriões (PIV) surge como uma nova opção para a multiplicação animal, não só pelo seu potencial de aumentar, consideravelmente, o número de produtos/vaca/ano, mas também porque abre a possibilidade de utilizar bezerras pré-púberes, vacas em início de gestação, vacas com subfertilidade adquirida e vacas senis.

Essa técnica envolve a combinação de vários processos interdependentes, que são a obtenção dos ovócitos imaturos, maturação ovocitária, fecundação, cultivo embrionário e a transferência dos embriões para as fêmeas receptoras que levarão a gestação a termo. Dentre as etapas da PIV, a maturação de ovócitos é um procedimento chave, visto que as demais etapas do processo dependem da quantidade de ovócitos maturos e com potencial de desenvolvimento.

Durante a ovogênese, os ovócitos de mamíferos permanecem retidos no estágio de diplóteno da prófase da primeira divisão meiótica, desde a vida fetal até pouco antes da ovulação. Portanto, quando os ovócitos são aspirados dos folículos ovarianos para serem utilizados na PIV, eles ainda são imaturos e necessitam sofrer o processo de maturação in vitro (MIV).  Essa é realizada cultivando os ovócitos, logo após a aspiração do folículo, em meio de maturação, com temperatura e atmosfera apropriada, por um período de 22-24 horas.

Entretanto, mesmo após a rigorosa seleção de ovócitos e uso de condições de cultivo adequadas, a taxa de produção de embriões viáveis é menor quando são utilizados ovócitos maturados in vitro quando comparado com os in vivo. Portanto, pode-se supor que a maturação ainda é um problema na produção in vitro de embriões. Portanto, estudos estão sendo realizados visando melhorar a qualidade e quantidade de ovócitos recuperados e que serão utilizados para a produção de embriões. Esses estudos  avaliam aspectos relacionados a melhora na competência dos ovócitos e a identificação de melhores condições de cultivo durante a maturação.