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Territórios e Alimentação
No Brasil, a necessidade em se trabalhar com enfoques territoriais reveste-se de grande importância, uma vez há regiões do país que são extremamente desiguais, em razão de reduzida capacidade competitiva (por razões edafoclimáticas, politicas, de oportunidades, de herança histórica, etc).
No caso dos produtos agroalimentares, há um movimento mundial que contrapõe ao processo de padronização de alimentos, e uma crescente demanda pelos consumidores por alimentos “localizados”, ou seja, aqueles que incorporam valores específicos associados a um território, uma natureza, uma tradição e a um saber-fazer, dado que são vistos como mais naturais, seguros e de maior qualidade. O mais significativo deste cenário é que tal interesse não se limita ao produto em si, estando muitas vezes associado à busca de novos modos de aquisição dos mesmos sob a forma de um contato mais personalizado e direto com o produtor e, por extensão, com o território onde foram produzidos.
As Rotas de Integração Nacional foram estabelecidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) do Ministério de Desenvolvimento Regional, como estratégia de desenvolvimento regional e inclusão produtiva.
As Rotas são redes de arranjos produtivos locais, associadas a cadeias produtivas estratégicas, capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela PNDR. Promovem a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva e o desenvolvimento regional.
Sua finalidade é reduzir as desigualdades econômicas e sociais, intra e inter-regionais, incentivando oportunidades de desenvolvimento que resultem em crescimento econômico, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população.
As Rotas são desenvolvidas com base nos processos:
I - Cadeias produtivas - encadeamento de atividades econômicas que transformam e agregam valor aos insumos, gerando produtos intermediários e finais, para posterior comercialização e serviços.
II - Arranjos produtivos locais (APLs) - aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais e instituições públicas e privadas interligados por relações de articulação, interação e cooperação em uma cadeia produtiva comum.
III - Polos - aglomerações territoriais de cadeias produtivas estratégicas, dotadas de expressiva produção regional, comitê gestor ativo, planejamento estratégico, abrangência territorial definida, visão de futuro e carteira de projetos.
Rotas de Integração Nacional em Execução
• Rota do Açaí (em construção)
• Rota da Biodiversidade (em fase de articulação inicial)
• Rota do Cacau (em construção)
• Rota do Cordeiro
• Rota do Leite (em construção)
• Rota do Mel
• Rota do Peixe (em fase de articulação inicial)
• Rota da Tecnologia da Informação - TIC