Recursos orçamentários descentralizados por meio do Novo PAC possibilitaram a aquisição de novos equipamentos para o data center instalado na Embrapa Agricultura Digital. Batizado “AgroDigital”, ele tem capacidade para oferecer infraestrutura em nuvens computacionais (serviço, plataforma e software) para atender iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação das demais Unidades da Embrapa que necessitem de alta capacidade de armazenamento e processamento de dados. Desde o final de 2023, com os recursos do Novo PAC, foram investidos mais de R$ 2,2 milhões na compra de servidor para computação de alto desempenho (HPC) e de servidor de alta performance dotado com oito GPUs (Unidades de Processamento Gráfico, na tradução do inglês). Ambos os equipamentos são essenciais para a análise de grandes conjuntos de dados, para o treinamento de algoritmos de inteligência artificial e de aprendizado de máquina, visão computacional e processamento de linguagem natural, simulações e modelagem de dados, entre outras tarefas. “É estratégico para a Embrapa investir em uma infraestrutura computacional de altíssimo desempenho que garanta sua capacidade de armazenar, organizar e processar dados para gerar a informação e o conhecimento que vão atender às demandas da agricultura, principalmente com o avanço da transformação digital”, ressalta Stanley Oliveira, chefe-geral da Unidade. O data center tem dado suporte, por exemplo, às análises que atendem ao programa de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ao processamento de big data e à rastreabilidade de produtos e processos, dentre outras aplicações. O AgroDigital hospeda, ainda, diversos sistemas estratégicos para a Embrapa, como o Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo), o projeto TerraClass e o Sistema de Análise Temporal da Vegetação (SATVeg), assim como o Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa (Redape) e a plataforma AgroAPI Embrapa. Projetos em rede, programas de melhoramento genético, iniciativas na área de internet das coisas (IoT) e o desenvolvimento de novos serviços e aplicações também podem ser beneficiados com a infraestrutura disponível. Para o chefe-geral, a ideia com o AgroDigital é democratizar o acesso, simplificar a utilização e otimizar os custos com este tipo de infraestrutura computacional para ajudar a Embrapa a promover a transformação digital. Embrapa I/O Stanley Oliveira acrescenta que o AgroDigital pode ser facilmente integrado à Embrapa I/O, a plataforma de software para colaboração e desenvolvimento de soluções digitais. “A criação desses ativos digitais prevê a sua hospedagem e disponibilização. Neste ponto, o AgroDigital pode fornecer a infraestrutura computacional de nuvem necessária para as Unidades integrarem seus ambientes de desenvolvimento dentro da plataforma”. Além do investimento no data center, a Unidade tem prevista a aplicação de recursos do Novo PAC Embrapa em ações para modernização e reestruturação de laboratórios e outras infraestruturas físicas coletivas de pesquisa e transferência de tecnologia. Três vertentes de infraestrutura computacional do AgroDigital Infraestrutura de UDs: tradicional, destinada às unidades da Embrapa, com exigência de recursos computacionais moderados e de uso perene, ou seja, deve hospedar soluções e mantê-las funcionando de forma constante durante todo o ciclo de vida da solução. Infraestrutura de HPC (High Performance Computing): possui característica de uso temporário onde o usuário realiza o processamento dos seus dados, obtém o resultado desejado e em seguida libera o recurso para que outros possam utilizá-lo. Infraestrutura de GPUs: possui característica de uso temporário e é utilizada para manipular dados que exigem processamento específico em placas GPU. Visam atender demandas como de processamento de imagens, análise genômica e aplicações de inteligência artificial (redes neurais profundas). As Unidades que quiserem saber mais ou ter acesso à infraestrutura do AgroDigital podem entrar em contato com a Embrapa Agricultura Digital por meio da chefia-geral ou da chefia-adjunta de P&D. Após o contato, o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) da Unidade se encarregará de realizar uma apresentação da infraestrutura e agendar um treinamento “mão na massa” para os interessados.