A lavagem pode ser feita em diferentes estruturas, conforme o volume de produção e os recursos disponíveis pelo proprietário, havendo variados mecanismos adaptados por produtores. O mais comum são lavadores pendulares com panos pendurados em um quadro movido por força motriz excêntrica (biela em uma roda ou mancal) que, por sua vez, é tocado por um motor, normalmente elétrico (Figuras 25, 26 e 27). Lavadores de cenoura ou batata danificam as raízes de mandioquinha-salsa. Outras opções são adaptações utilizando banheiras ou tambores plásticos cortados ao meio. É importante ter a superfície lisa. Deve-se dispor as raízes em bancadas ou girais para que sequem, se necessário com ventiladores. 

A lavagem das raízes tem sido uma exigência de mercado. Certamente, ela melhora a aparência das raízes, dando-lhe ótimo aspecto visual, porém reduz a vida útil pela abertura de microferimentos que favorecem o desenvolvimento de fungos e bactérias decompositoras, em especial Pectobacterium spp. No entanto, já existe uma rede de supermercados fazendo a comercialização de mandioquinha-salsa, cenoura e batata somente escovadas, sem lavar, com resultados promissores com relação à aceitação de raízes de mandioquinha-salsa sem lavar.

      
Figuras 25, 26 e 27. Lavadores de mandioquinha-salsa em Minas Gerais de pequeno, médio e grande porte. (Fotos: Nuno R. Madeira).

Para aumentar a vida útil, pode-se utilizar embalagens com filme plástico, o que permite vida útil de até 7 dias. Ainda, cabe citar tratamento testado e utilizado por alguns produtores e lavadores de mandioquinha-salsa de armazenar as raízes após a lavagem em recipientes abertos com água gelada, trocando a água uma vez por semana. Isso pode ser feito em pequena escala, na geladeira, ou em maior escala usando caixas d’água com 1000 L em câmara fria, por exemplo. Em ensaio realizado sob condições controladas, observou-se aspecto visual satisfatório até mesmo após 137 dias de armazenamento refrigerado.