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São três variedades não registradas, a ‘Amarela Comum’, introduzida da Colômbia em 1907 e que foi a mais plantada até o início dos anos 2000, uma variedade de raízes brancas, a ‘Branca Comum’, de grande vigor e com pecíolos e folhas verde-claro, e outra de folhagem roxa, raízes de coloração creme e muito cônicas e perfilhos duros e pouco numerosos. Observam-se alguns poucos campos cultivados com essas três variedades ou sua manutenção de forma pontual em meio a campos plantados com as cultivares melhoradas nas principais regiões produtoras.

No Brasil, existem quatro cultivares registradas até o momento: Amarela de Senador Amaral, lançada em 1998; BRS Rubia 41, BRS Catarina 64 e BRS Acarijó 56, disponibilizadas em 2014,  2015 e 2018, respectivamente, desenvolvidas por meio de melhoramento genético tradicional conduzido pela Embrapa Hortaliças desde 1992. A cv. BRS Acarijó 56 (ou simplesmente “Carijó”, como é comumente chamada), de grande porte e alta produtividade é voltada para nichos de mercado, em especial para processamento e para manejo orgânico (Madeira; Carvalho, 2016).

A cv. Amarela de Senador Amaral, lançada em 1998, é cultivada atualmente em cerca de 90% da área de produção. Observa-se tendência de crescimento da área de plantio das cvs. BRS Rubia 41 e BRS Catarina 64 ou simplesmente “Rúbia” e “Catarina”, como são chamadas popularmente, em função da superioridade produtiva nos testes em campo, especialmente no Sul de Minas Gerais e no Distrito Federal e Goiás (região do entorno do DF).

Merece destaque citar que nos últimos anos foi identificado e multiplicado em campos comerciais de Angelina-SC e região um clone diferenciado, de elevado vigor, grande porte e produtividade espetacular, coloração dos pecíolos bem avermelhada, raízes amarelas. Entretanto, esse material apresenta uma característica indesejada, que é a ocorrência esporádica de pigmentação rosada externa das raízes, especialmente quando novas, e de arroxeamento do anel interno, tanto nos propágulos na parte aérea como nas raízes comerciais, o que leva a uma coloração indesejada no cozimento. Isso tem limitado sua comercialização quando há disponibilidade de produto de outras variedades que não apresentam esse problema (Epagri, 2018).

Tabela 3. Principais características das variedades de mandioquinha-salsa disponíveis no Brasil.

Variedade

Características das raízes

Ciclo (dias)

Empresa

Outras características

Amarela comum

Amarela intensa; cônico-cilindrica

10-12 meses

-

Elevado teor de matéria seca

Branca

Branca; cilindrica e muito alongadas

10-12 meses

-

Grande porte da planta; sabor e odor fracos

Folha Roxa

Amarela clara; cônicas

10-12 meses

-

Poucos propágulos

Amarela de Senador Amaral

Amarela intensa; uniformes e cilíndricas

8-10 meses

Embrapa

Tolerância média a nematoide das galhas

BRS Rubia 41

Amareala intensa; uniformes e cilíndricas

8-10 meses

Embrapa

Alta produção de propágulos

BRS Catarina 64

Amarela intensa; uniformes e cilíndricas

8-10 meses

Embrapa

 

 

BRS Acarijó

Amarela manchada; alongada e cilíndrica

8-10 meses

Embrapa

Altíssimo vigor, intolerância ao calor

Gigante Angelina

Amarela intensa; muito alongada e cilíndrica

9-10 meses

(?)

Altíssimo vigor, raízes com aneis arroxeados

Fonte: Madeira e Carvalho (2016); Epagri (2018).