Macrologística Agropecuária
Logística de Nutrientes
Análise da Produção
COMO FIZEMOS
Mapa Demanda por nutrientes agrícolas no Brasil
Para obter a estimativa de demanda por NPK:
As quantidades anuais de aplicação de NPK (Kg/ano) para reposição pela exportação foram obtidas pela multiplicação das quantidades produzidas (t) das culturas em cada microrregião pelas taxas de exportação (Kg/t/ano).
As taxas de exportação de NPK por cultura (Kg/t/ano) foram obtidas por meio de revisão de literatura científica.
Para obter a estimativa de demanda por calcário e gesso:
As quantidades anuais de aplicação de calcário e gesso para uso real de cada cultura por microrregião foi obtida pela multiplicação das áreas (ha) das culturas em cada microrregião pelas taxas de aplicação.
As taxas de aplicação de calcário e gesso por cultura (Kg/ha/ano) foram obtidas por meio de entrevistas com especialistas.
Mais detalhes estão disponíveis nos metadados do banco de dados utilizado, diretamente no GeoInfo - Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa.
Mapa Oferta potencial de nutrientes no Brasil
Localização e estimativa de potencial produção de fertilizantes de NPK no Brasil:
Para fertilizantes nitrogenados, foram levantadas localizações e potencial de produção de indústrias e, para fertilizantes fosfáticos e potássicos, foram levantadas informações de jazidas com rochas-fonte desses nutrientes.
Estimativa de oferta potencial de fósforo, potássio e calcário no território brasileiro:
Para fósforo: A partir dos limites de títulos minerários (SIGMINE), foi feita uma filtragem de feições correspondentes à exploração das seguintes substâncias: apatita, fostato, fosforita (o) e rocha fosfática.
Para potássio: A partir dos limites de títulos minerários (SIGMINE), foi feita uma filtragem de feições correspondentes à exploração das seguintes substâncias: caulinita, silvinita e rocha potássica.
Para calcário: A partir dos limites de títulos minerários (SIGMINE), foi feita uma filtragem de feições correspondentes à exploração das seguintes substâncias: algas calcáreas, calcário, calcário calcítico, calcário conchífero, calcário coralíneo, calcário dolomítico, calcário magnesiano, calcita, conchas calcárias e dolomito.
Estimativa de resíduos agropecuários de criações de frangos e suínos no território brasileiro:
O cálculo do quantitativo de dejetos para suínos e aves foi obtido por meio de dados bibliográficos, considerando o número de animais abatidos no ano de 2020. Assim, obteve-se um valor total de dejetos para o período e foi possível distribuí-lo geograficamente por meio da estimativa de rebanhos no IBGE.
Mapa Fontes regionais potenciais de agrominerais silicáticos
A delimitação das áreas potenciais de ocorrência de agrominerais silicáticos (ASi) no Brasil foi desenvolvida a partir de um processo detalhado e estruturado que envolveu a análise de dados geológicos, a reclassificação dos litotipos e a aplicação de metodologias específicas para representação espacial. A seguir, detalhamos as etapas principais desse trabalho:
Sistematização do Mapa Geológico do Brasil ao Milionésimo
A base de dados inicial foi construída com informações do Mapa Geológico do Brasil ao Milionésimo, disponibilizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) em 2004. Este mapa contém descrições detalhadas dos litotipos presentes nas unidades geológicas em todo o território nacional. Cada litotipo foi analisado e categorizado de acordo com os critérios estabelecidos pela Instrução Normativa nº 5, de 2016, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que define parâmetros para a caracterização de remineralizadores.
Reclassificação dos Litotipos
Os litotipos foram reclassificados em quatro categorias principais:
Indicada: Rochas com potencial de uso como agromineral silicático.
Não indicada: Rochas sem potencial para essa aplicação.
Condicional: Rochas que necessitam de análises mais detalhadas devido à presença potencial de minerais tóxicos ou outras limitações.
Inconclusiva: Litotipos que não apresentavam informações suficientes para classificação conclusiva.
Essa reclassificação foi essencial para identificar e organizar as áreas com maior potencial de oferta deste insumo agrícola, considerando as características específicas de cada litotipo.
Análise de Frequência Relativa
Após a categorização, foram calculadas as frequências relativas de cada categoria em cada unidade geológica. Isso permitiu a identificação de padrões de ocorrência espacial e a criação de classes de representação, como "até 25% indicada", "entre 25% e 75% indicada" e "acima de 75% indicada". Também foram identificadas áreas com 100% de rochas não indicadas, 100% inconclusivas ou condicionais, e classificações mistas.
Agrupamento por Composição Mineralógica
As rochas classificadas como "indicadas" passaram por uma análise adicional para identificação da composição mineralógica predominante. Essa etapa resultou na subdivisão das rochas em cinco grupos de ASi, conforme os nutrientes disponíveis:
ASiCa: Ricas em cálcio.
ASiMg: Ricas em magnésio.
ASiK: Ricas em potássio.
ASiCaMg: Ricas em cálcio e magnésio.
ASiCaMgK: Ricas em cálcio, magnésio e potássio.
Representação Espacial e Classificação Final
Os resultados foram integrados em mapas interativos, permitindo a visualização das áreas potenciais de ocorrência de agrominerais silicáticos. A simbologia aplicada diferencia as categorias de frequência relativa e os grupos de ASi. Essa abordagem possibilita aos usuários identificar não apenas as áreas mais promissoras, mas também a composição mineralógica predominante em cada região.
Utilização e Limitações do Mapa
É importante ressaltar que o mapa prospectivo gerado é um guia para a intensificação de pesquisas científicas e tecnológicas. Ele reflete exclusivamente a frequência relativa de litotipos em cada unidade geológica e não fornece informações sobre volume disponível ou garantia de registro de produtos. Estudos regionais e locais são necessários para validar as áreas potenciais e orientar ensaios agronômicos.