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    Origem

    O Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira (SITE-MLog) foi desenvolvido pela Embrapa Territorial como solução para a dispersão de dados sobre a agropecuária e sua logística de escoamento, especialmente para a exportação. A ausência de uma ferramenta dedicada ao setor, com informações padronizadas e integradas, dificultava a análise de cenários para o direcionamento de investimentos e políticas públicas. Esse é um dos principais gargalos da competitividade do agro nacional e parte significativa do chamado custo Brasil.

    Demandada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a primeira versão do SITE-MLog foi lançada na sede da instituição, em Brasília, DF, em março de 2018, e já contemplava informações em nível de microrregião para as principais cadeias produtivas de exportação agropecuária do País: algodão, bovinos, café, cana-de-açúcar, galináceos, laranja, madeira para papel e celulose, milho, soja e suínos. A plataforma de dados era organizada em quatro áreas: Produção, com uma série histórica de dados de 1990 a 2016; Exportação, com volume e valor da produção, de acordo com a microrregião de origem e com o País de destino; Caminhos da Safra, com as principais vias de escoamento; e Bacias Logísticas.

     

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    Bacias Logísticas

    A ideia de representar o padrão de escoamento da safra a partir de bacias logísticas foi uma das inovações trazidas pelo sistema. A partir dos dados de produção e exportação do SITE-MLog, a Embrapa Territorial analisou por qual porto cada microrregião brasileira exportadora embarca grãos (soja e milho) para o mercado internacional. Com essa informação, delimitou oito bacias logísticas, áreas do território nacional que preferencialmente enviam cargas para o exterior pelo mesmo terminal marítimo. Essa análise pode guiar políticas de investimento específicas e coerentes com a realidade de cada área, ampliando a assertividade das ações e o impacto dos resultados.

    Em 2024, foi lançada a segunda versão da plataforma. Além de atualizar e inserir novos dados, os painéis interativos foram reformulados para melhor representação das informações. O trabalho envolveu uma equipe maior de profissionais da Embrapa, que geraram análises para além dos painéis, conectados à plataforma por meio dos Estudos Logísticos e da Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa (Geoinfo).

    Na área sobre Exportação, a mudança na forma de disponibilização das informações pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) exigiu uma lógica diferente e um novo esforço de uniformização e classificação dos dados. Ao final, a seção ganhou uma série histórica, de 1997 a 2023, e novas possibilidades para o usuário construir análises, tomando como ponto de partida a microrregião de origem, o produto, o ponto de escoamento ou o país de destino. 

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    Novos temas

    O Sistema passou a contar com duas novas temáticas: Armazenagem e Beneficiamento e Logística de Nutrientes.  A primeira delas mostra a distribuição de armazéns pelas microrregiões brasileiras, com o endereço, tipo e capacidade instalada de cada um deles. Também apresenta informações sobre usinas de açúcar e etanol, agroindústrias para processamento de carnes e beneficiadoras de algodão, milho e soja. O objetivo dessa inclusão é ampliar o entendimento da logística, indicando onde há estruturas capazes de agregar valor e estocar ou transformar os produtos, de modo que os agricultores possam esperar o melhor momento para negociar as vendas e o transporte. As análises permitidas pelos painéis também podem revelar oportunidades de investimento para agregação de valor e integração das cadeias produtivas.

    A seção sobre logística de nutrientes traz estimativas de demanda de calcário, gesso e NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) de sete culturas agrícolas, em cada microrregião. Mostra ainda mapas indicando onde há oferta potencial de nutrientes no território nacional para atendê-la. 

     

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    Mais do que reunir dados

    A construção do SITE-MLog envolveu muito mais do que coletar informações e disponibilizá-las em uma única plataforma. Cada conjunto de dados impôs um desafio à equipe. Padronizar unidades de medidas, uniformizar dados de períodos com mudanças na metodologia, classificar, categorizar e agrupar informações para que planilhas se convertessem em conhecimento para o usuário. O trabalho envolveu um grupo multidisciplinar, com profissionais capazes de processar os dados e apresentá-los de forma atrativa, atuando ao lado de outros com conhecimento do agronegócio brasileiro.

    Além dos dados disponibilizados publicamente, os projetos de pesquisa que deram origem ao Sistema contemplaram outros trabalhos, parte deles disponíveis na seção Estudos Logísticos. São publicações e análises fundamentadas em inteligência territorial estratégica, para responder demandas e subsidiar processos gerenciais de decisão sobre investimentos privados e planejamento de políticas públicas voltados à logística agropecuária.

    Outros trabalhos sobre o tema podem ser desenvolvidos pela equipe da Embrapa Territorial, em parceria com instituições e empresas. Saiba como.