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    Agricultura Espacial

    É uma oportunidade de contribuição brasileira no âmbito dos Acordos Artemis, da NASA, que visam à cooperação civil e pacífica na Lua, Marte, Cometas e outros corpos celestes. Dentro dessa aliança internacional, o Brasil destaca-se pelo interesse especial no desenvolvimento de tecnologias destinadas à agricultura espacial. Essa iniciativa visa garantir um suprimento estável de alimentos para os astronautas, enfrentando desafios científicos e tecnológicos notavelmente complexos.

     

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    O Programa

    Uma rede de pesquisa, com o suporte da Agência Espacial Brasileira (AEB) e liderança da Embrapa, foi estabelecida com o objetivo de inovar na produção de alimentos em ambientes extraterrestres. Essa rede já está empenhada no desenvolvimento de sistemas de produção adaptáveis ao espaço, buscando soluções para desafios complexos que cientistas e engenheiros precisam enfrentar para garantir a produção de alimentos em condições de elevada radiação, baixa gravidade e ausência de solo.

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    Um olhar para o futuro

    Uma das expectativas da rede de pesquisa brasileira é de que o desenvolvimento da agricultura espacial inspire também inovações para a agricultura na superfície terrestre, cada vez mais desafiada pela crise climática. Avanços que poderão também gerar crescimento econômico, com novas oportunidades de negócios e empregos. Ao impulsionar a indústria aeroespacial, o Brasil contribuirá não apenas para a expansão da fronteira espacial, mas também fortalecerá sua capacidade de participar da nova economia baseada no espaço, que deverá ganhar grande impulso nas próximas décadas.
    Novas tecnologias e spin-offs podem ser geradas em benefício da sociedade brasileira, a exemplo do projeto Apollo.

"É precisamente no cosmos que encontramos não apenas desafios intrigantes, mas também possibilidades de superação de desafios aqui na Terra. Percebemos os frutos duradouros que a exploração espacial pode gerar. Suas conquistas não apenas abriram novos horizontes no espaço, mas também catalisaram avanços científicos que estimularam o desenvolvimento tecnológico aqui na Terra. "

Maurício Antônio Lopes, pesquisador da Embrapa e integrante do Projeto.

 

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    Desafios da ciência

    A escolha de espécies capazes de produzir alimentos em condições extremas no espaço é um dos principais desafios. Inicialmente, os pesquisadores optaram por desenvolver sistemas-piloto priorizando duas espécies: batata-doce e grão-de-bico. A escolha foi baseada em adaptabilidade a condições adversas e na capacidade de atender às necessidades dietéticas dos astronautas em ambientes extraterrestres.

Instituições que integram a rede de pesquisa por meio de seus colaboradores e empregados:

AEB (Agência Espacial Brasileira); 
CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo); 
EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária);
ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo); 
IAC (Instituto Agronômico de Campinas)
IB/USP - Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo)
IEAv (Instituto de Estudos Avançados)
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
IQ/UP (Instituto de Química da Universidade de São Paulo)
ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica)
MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)
UF (Universidade da Flórida)
UFLA (Universidade Federal de Lavras)
UFPel (Universidade Federal de Pelotas)
UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
UFV (Universidade Federal de Viçosa)
USP (Universidade de São Paulo)
Winston Salem State University