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História

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Apresentação

A Embrapa Pecuária Sul tem sua origem no longínquo ano de 1937, quando a Fazenda "Cinco Cruzes" foi adquirida pelo Governo Federal, passando a ser chamada de Fazenda Experimental de Criação "Cinco Cruzes". Assim, a pesquisa agropecuária na região Sul completa mais de 77 anos de atividades.
As contribuições neste período foram consistentes para a ocorrência de transformações importantes no avanço tecnológico e no desenvolvimento do setor agropecuário na região Sul do Brasil. A Embrapa Pecuária Sul, com sua história, transformou-se num marco institucional de elevada relevância na pesquisa nacional e do Mercosul.

Agradecimento

Agradecimento ao Dr. José Carlos Leite Reis pelo brilhante trabalho de resgate da história da Unidade publicado no livro: "CINCO CRUZES: MEIO SÉCULO DE SERVIÇOS PARA A PECUÁRIA GAÚCHA", o qual foi totalmente digitalizado para compor parte deste espaço denominado Memória Embrapa Pecuária Sul.

 

 

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História

Introdução

  • História

    O atual Centro de Pesquisa de Pecuária dos Campos Sul-Brasileiros - CPPSUL - ocupa a base física de um antigo imóvel rural denominado Estância "Cinco Cruzes". O imóvel, situado nas proximidades de Bagé, foi adquirido pelo Banco do Brasil S.A., como pagamento da uma dívida hipotecária de Manoel Leal de Macedo e sua esposa D. Herminia Leal de Macedo, nos termos da escritura de 06 de fevereiro de 1937, anotada no 1°. Cartório da cidade de Bagé, em 10 de fevereiro de 1937. Este imóvel foi comprado pela União Federal ao Banco do Brasil em 05 de outubro de 1937, conforme autorização contida na lei n° 525. O processo de aquisição do imóvel pelo Banco do Brasil S.A. e, posteriormente, pela União, pode ser ao final da página.

  • Área Física

    Inicialmente, a área total do Centro de Pesquisa de Pecuária dos Campos Sul-Brasileiros possuía 3272,81 ha, mas, segundo uma medição concluída em 2009, a a área total atual da unidade possui 2783,5877 ha. Essa diferença se deve à alienação de algumas áreas da unidade.

Evolução

Evolução no tempo

  • 1937

    A Fazenda Experimental de Criação (FEC) foi fundada em 1937 e teve sua instalação iniciada em meados do mesmo ano. O objetivo era o de sediar a Inspetoria Regional de Fomento de Produção Animal (IRFPA), a qual subordinava-se à Divisão de Fomento da Produção Animal (DFPA), órgão vinculado ao antigo Departamento Nacional de Produção Animal (DNPA) do Ministério da Agricultura. O processo de instalação da IRFPA no Rio Grande do Sul em 1935 pode ser baixado aqui.

    A Fazenda sediou a IRFPA durante 15 anos, desde a sua instalação até o ano de 1952, quando a sede da referida Inspetoria foi transferida para Porto Alegre.

  • 1955

    Em julho de 1955, foi assinado um Termo de Ajuste entre o DNPA e a Secretaria da Agricultura e Comércio do Estado do Rio Grande do Sul. Esse Termo de Ajuste reuniu o Instituto de Zootecnia do DNPA e o Departamento de Pesquisa Animal (DPA) da referida Secretaria, visando unificar as pesquisas em Agrostologia e Zootecnia no Estado.

  • 1956

    Em setembro de 1956, a primeira reunião de trabalho do Termo de Ajuste foi realizada na FEC "Cinco Cruzes", sob a coordenação do Professor José Grossman, da Secretaria de Agricultura e Comércio. A FEC passou a funcionar como Estação Central de Zootecnia do Rio Grande do Sul.

  • 1962

    Em outubro de 1962, o Ministério da Agricultura foi reestruturado (Lei Delegada n° 9) e os Institutos de Zootecnia e de Biologia Animal do DNPA foram extintos. Suas dependências foram transferidas para Institutos Regionais do recém fundado Departamento de Pesquisas e Experimentação Agropecuária (DPEA). A FEC "Cinco Cruzes" passou então a integrar a rede do novo Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuária do Sul (IPEAS), com sede em Pelotas.

  • 1968

    O Ministro Ivo Arzua promoveu uma reforma no Ministério da Agricultura, transformando o antigo DPEA em Escritório de Pesquisa e Experimentação (EPE). Com a criação do Regimento do EPE, a FEC passou a ser chamada Estação Experimental de Criação de Bagé (EEC). O EPE foi posteriormente transformado em Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuária (DNPEA), o qual funcionou até a criação da Embrapa.

  • 1972

    Em dezembro de 1972 aconteceu a criação da Embrapa pela Lei 5.851.

  • 1975

    Em junho de 1975, a EEC foi transformada em Unidade da Embrapa, recebendo a denominação de UEPAE de Bagé.

  • 1987

    Em fevereiro de 1987, a UEPAE foi elevada à categoria de Centro Nacional de Pesquisa de Ovinos (CNPO), sem prejuízo para as suas demais funções.

  • 1993

    Em maio de 1993, confome Boletim de Comunicações Administrativas da Embrapa (BCA 18/93), o Centro Nacional de Pesquisa de Ovinos passa a denominar-se Centro de Pesquisa de Pecuária dos Campos Sul-Brasileiros (CPPSUL).

1930

Década de 1930

  • 1937

    Em 1937, o Técnico Rural Paulino de Araújo Góes Netto recebeu a Estância "Cinco Cruzes" para o Ministério da Agricultura, que passou a ser a Fazenda Experimental de Criação (FEC) de Bagé. No segundo trimestre de 1937, os plantéis de animais importados, até então situados em Porto Alegre, foram trazidos para a FEC. Diaristas, tratadores, capataz e Paulino de Araújo Góes Netto, responsável pelo estabelecimento por designação do Inspetor-Chefe, foram lotados na FEC.

    Nesta época, ocorreu a importação de reprodutores pelo plano de revenda, sendo que os animais escolhidos pelos interessados, na Exposição de Palermo - Argentina, foram comprados pelos Inspetor-Chefe com verba especialmente adiantada para este fim.

    A premunição dos touros importados começou a ser realizada pelo Médico Veterinário Agostinho Lombardo, do Instituto de Biologia Animal (IBA) com total êxito, e os animais foram revendidos logo após o término da premunição. As importações repetiram-se em anos subsequentes, e eram sempre feitas por técnicos do IBA, no qual atuaram Agostinho Lombardo, Geraldo Souto Govêa, Cid Távora, Clóvis Nascimento e Jeferson Andrade dos Santos, e, posteriormente, por técnicos da FEC, sendo ressaltado o nome de Athos Muniz de Vasconcellos, depois Chefe da FEC e Delegado Federal do Ministério da Agricultura do RS.

  • 1938

    Em 1938, um excelente e numeroso plantel da raça Jersey, puro de origem, foi adquirido pelo Ministério da Agricultura à Sucessão Assis Brasil - Estação de Pedras Altas - no município de Pinheiro Machado. Na compra foram incluídos vários touros da mesma raça, destinados a criação de novas Estações de Monta Provisórias.

    Através da IRFPA, vários reprodutores foram comprados pelo Ministério da Agricultura em Exposições de Animais, principalmente em Bagé e Uruguaiana, com a finalidade de atender a pedidos de criadores de Estações de Monta Provisórias.

    Para o bom funcionamento da FEC, várias construções foram projetadas, tais como: residências para funcionários (inclusive a do Inspetor-Chefe), escritório (mais tarde adaptado para laboratório), almoxarifado, estábulos para bovinos, cavalariças com piso superior para depósito de forragem, estrumeira, paiol para cereais a prova de rato, silos aéreos, pavilhão suspenso para ovinos, depósitos para máquinas agrícolas e viaturas, garagem para veículos, banheiros carrapaticidas, banheiro sarnicida para ovinos, usina elétrica, usina de lacticínios, adaptação do antigo galpão da "Cinco Cruzes" em estábulos para vacas leiteiras, tanque australiano, oficina mecânica, carpintaria, ferraria, rede elétrica, rede hidráulica, bretes, mangueiras, tronco de contenção de animais, balança para pesagem de animais, pista para desfile de animais, escritório e escola primária.

  • 1939

    No início do ano de 1939, a sede da IRFPA foi definitivamente transferida de Porto Alegre para Bagé, quando o Inspetor-Chefe Francisco Alves da Rocha e sua família fixaram residência na FEC.

    Por designação do Diretor da Diretoria da Produção Animal, o funcionário Paulino de Araújo Góes Netto, recebeu uma verba, por adiantamento, de quinhentos contos de réis, do Tesouro Nacional, no Rio de Janeiro. O dinheiro era destinado a determinadas construções consideradas prioritárias (nos dias atuais, muitos dos prédios e instalações projetados e construidos no passado são usados ainda na forma original, ou com reformas, e servem a diversas finalidades).

    Máquinas agricolas e animais de trabalho (cavalos e bois) somente foram adquiridos no exercício de 1939, com verbas distribuidas para a Delegacia Fiscal de Porto Alegre. As máquinas e animais foram compradas do colono Sr. Cazarini, que cultivava uma área aproximada de cento e cinquenta hectares, há alguns anos, na própria "Cinco Cruzes". O pessoal que trabalhava com ele foi aproveitado como diarista na função de operários agrícolas.

1940

Década de 1940

  • 1940

    Considerável aumento nas verbas de Pessoal Extranumerário Diarista permitiu admissão de diaristas para as funções de: mecânico-eletricista, motoristas, tratoristas, carpinteiros, ferreiro, auxiliar de ferreiro, trabalhadores rurais, vigias, correeiro, auxiliares de laboratório e serventes.

    Nesta época, houve a entrada de animais:
    a) Procedentes da Argentina, comprados pelo Inspetor Chefe:
    - Equinos: um plantel Percheron, três garanhões Percheron, um garanhão Anglo-Normando;
    - Bovinos: um touro Hereford, um touro Aberdeen Angus;
    - Ovinos: um plantel Merino Australiano, um plantel Romney Marsh, um plantel South Down, vários carneiros South Down;
    - Suínos: um plantel New Hamphire, um plantel Wessex Saddleback, um plantel Duroc Jersey, um plantel Berkshire;
    b) Remetidos pela Diretoria de Produção Animal:
    - Bovinos importados: um touro Jersey, proveniente da Ilha de Jersey;
    - Equinos: um garanhão Campolina, um garanhão Mangalarga;
    - Bovinos: vários animais Nelore, vários animais Pardo Suiço, um touro Jersey;
    c) Comprados pelo IRFPA:
    - Equinos: um plantel Crioulo, vários garanhões Crioulo, alguns garanhões Árabe;
    - Bovinos: 100 vacas Aberdeen Angus, PPC;
    - Ovinos: 300 ovelhas velhas, cruza "comum", alguns carneiros Corriedale;

    Ínicio da produção de cordeiros de corte, através de ovelhas velhas, de cruza comum, com carneiros South Down. Os cordeiros eram abatidos com idade entre seis e oito meses de idade no frigorífico SWIFT, na cidade de Rio Grande. As carcaças eram remetidas ao DNPA para consumo em ocasiões oportunas (churrascos e almoços oficiais) para fins de propaganda da boa qualidade da carne ovina, com o objetivo de popularizar e de aumentar a comercialização de carne ovina no mercado interno. Além de animais das raças acima citados, os plantéis oficiais mantidos na FEC constavam ainda de animais bovinos das raças Devon, Charolesa, Normanda e Holandesa.

  • 1943

    Em 1943, iniciou-se a inseminação artificial em Ovinos. Os médicos veterinários João Ferreira Barreto e Antônio Mies Filho, na época lotados no Instituto de Biologia Animal, foram os pioneiros na introdução da inseminação artificial no Brasil. João Ferreira Barreto (que posteriormente ocupou os cargos de Diretor Geral do Instituto de Zootecnia e Diretor Geral do DNPA) instalou na FEC o primeiro posto de inseminação artificial em ovinos. As experiências então desenvolvidas por Mies Filho, na FEC, foram o berço da expansão da inseminação artificial em ovinos no Rio Grande do Sul. Foram usadas ovelhas comuns e carneiros South Down importados da Argentina, em monta natural a campo e em inseminação artificial. Os resultados foram animadores, com maior percentagem de nascimentos, cordeiros com igual desenvolvimento e "com igual vivacidade". As experiências repetiram-se por mais alguns anos, não só com ovelhas e carneiros da FEC, como também com ovelhas trazidas por criadores do município de Bagé, entusiastas do processo. Assim, em 1944, foi ministrado o Curso Prático de Inseminação Artificial em Ovinos.

    Também nessa época, foi organizado um pequeno Setor de Agrostologia com o objetivo de mostruário e fornecimento gratuito de sementes, em pequenas quantidades, para criadores interessados em fazer as observações, nas suas próprias estâncias. Foram construídos vários canteiros de alvenaria de tijolo, para cultivo de várias gramíneas e leguminosas forrageiras.

  • 1945

    Já em 1945, foram feitos os primeiros cruzamentos entre Nelore e Aberdeen Angus, que tinham por fim fixar um mestiço 3/8 Nelore - 5/8 Angus, adaptável as regiões pobres em pastagem natural do Estado. O trabalho foi iniciado com os touros enviados e vacas Aberdeen Angus Puras por cruzamento, compradas de um criador do município de Uruguaiana. Os produtos de primeira geração entusiasmaram a todos os funcionários da FEC pelo peso dos terneiros após o nascimento, pelo ganho mensal e pela precocidade, rusticidade e resistência às doenças. O trabalho inicial, conduzido pelo Inspetor-Chefe Alves da Rocha, atingiu duas gerações apenas, pois o mesmo foi substituído por Geraldo Velloso Nunes Vieira.

  • 1949

    Em 1949, com a criação do Instituto de Zootecnia do DNPA, foi também criado o Serviço de Fisiopatologia da Reprodução e Inseminação Artificial (SFRIA), pertencente ao referido Instituto. Subordinadas ao SFRIA foram criadas Estações Experimentais para estudo com reprodução animal. Desta forma, a partir de 1949, ficou localizada na FEC a Estação Experimental para estudos de reprodução em ovinos, que foi dirigida pelo Méd. Vet. Auvanir de Almeida Ramos. Importantes estudos foram realizados pela Estação Experimental, que foi extinta em 1954 quando foi alterado o regime do DNPA.

1950

Década de 1950

  • 1950

    O Horto Florestal foi instalado com a colaboração do Engenheiro Agrônomo Dael Pires Lima, ex-técnico da FEC, e Diretor do Horto Florestal de Pelotas, do Ministério da Agricultura. A distribuição de mudas era gratuita no início, mas depois passou a ser cobrada. Em 1954, o Horto passou a funcionar como unidade da 8ª Inspetoria Regional do Serviço Florestal, do Ministério da Agricultura, com sede em Porto Alegre, chefiada então por Francisco Alves da Rocha. O Horto ficou sob a direção de Paulino Araújo Góes Netto até 1968, quando o Departamento Nacional de Desenvolvimento Florestal e Recursos Naturais foi extinto para dar lugar a criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBDF.

  • 1953

    Leilões de animais eram realizados com o objetivo de permitir aos criadores obter animais Puros de Origem. Dessa forma, vários produtores compraram ventres das raças Hereford, Aberdeen Angus, Devon e Jersey.

    A primeira seleção do cruzamento Nelore-Angus foi feita no início de 1953, quando foram eliminados e leiloados os animais de idade avançada, de má conformação e a maioria dos que apresentavam chifres.

    Também em 1953 deu entrada na FEC um plantel bovino da raça Vermelha da Dinamarca, o qual foi enviado pela Diretoria da Produção Animal. Já os leitões produzidos na FEC eram vendidos a peso vivo, na idade de seis a oito meses. Os quatro plantéis, cada um com oito a dez ventres, produziam uma razoável quantidade de leitões, embora não suficientes para atender a todos os pedidos.

    Nessa época, foi criada a usina de lacticínios, a qual era dotada de um pasteurizador, laboratório, câmaras frias e de cura de queijo. A mesma beneficiava apenas a produção de leite da FEC, embora com capacidade de beneficiamento maior que a quantidade produzida.

  • 1954

    Em outubro de 1954, José Mendes Barcellos (Inspetor-Chefe da IRFPA de Mato Grosso, com sede em Campo Grande), assumiu a chefia da FEC, onde permaneceu até fevereiro de 1967. A partir de 1954, integrada ao Instituto de Zootecnia, a FEC ampliou sua área natural de atribuições e passou a ocupar-se com problemas de pesquisa. Essa fase foi muito importante para a história da FEC: foi a adequação às suas futuras funções como instituição de pesquisa. Foram criados os Setores de Gado de Corte, Gado de Leite, Ovinos e Agrostologia. Em razão dos baixos índices de produtividade alcançados na pecuária de corte, leite e ovinocultura, o trabalho desenvolvido objetivava diagnosticar, equacionar e solucionar estes problemas.

  • 1955

    A FEC dedicou-se ao estudo das espécies forrageiras de ocorrência natural no Estado e à introdução e avaliação de espécies exóticas (os estudos com forrageiras de ocorrência natural foram realizados conjuntamente com a Secretaria da Agricultura e Comércio do Rio Grande do Sul, segundo o Termo de Ajuste firmado em 1955). O primeiro resultado alcançado culminou com a recomendação de uma pastagem cultivada (consorciação) capaz de produzir forragem de alto valor no período crítico do inverno e na primavera. A consorciação de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.), trevo-branco (Trifolium repens L.) e cornichão (Lotus corniculatus L.), após repetidos ensaios de formação, manejo, e avaliação de produção, foi difundida entre os criadores, e desde então tem sido utilizada em todo o Estado.

    Em relação ao campo natural, a mistura forrageira comprovadamente melhorou as produções de carne, lã e leite. Em ensaio de engorde de novilhos obteve rendimentos de 504 kg/ha de peso vivo em 15 meses de pastejo: um resultado já comparável aos maiores índices mundiais na época. Com 20% da área transformada em pastagem cultivada, como suplementação ao campo natural durante o inverno, a produção de lã foi elevada em 102%.

    O trevo-branco da mistura era originário da cultivar americana Louisiana S1, que foi observada por J. M. Barcellos no campo de introduções. Quando multiplicado e cultivado em potreiros a partir de 1959, sofreu um processo de seleção natural de 20 anos, e resultou no lançamento em 1979 da cultivar BR-1-Bagé.

    Como a produção de sementes das forrageiras preconizadas pelos técnicos da FEC era inexistente na região, as sementes produzidas na Fazenda permitiram aumentar as áreas de pastagem cultivadas do Estado. Também teve início um programa para estudar a influência da adubação fosfatada e sistemas de pastejo sobre a produção de pastagens naturais e sobre os ganhos de peso por ha.

    Foram conduzidos trabalhos em seleção e melhoramento de gado Jersey e Vermelho da Dinamarca, sendo que o rebanho Jersey era um dos melhores P.O. (Puros de Origem) de todo o país. Já o Vermelho da Dinamarca revelaram ser prolíficos, rústicos e de boa produção de leite com ótimo teor de gordura (4,5%). Muito embora a formação do gado Ibagé tenha iniciado em 1945, foi somente após 1955, quando nasceram os primeiros animais 3/8 Nelore - 5/8 Aberdeen Angus, que este trabalho passou a ser uma das metas prioritárias da FEC.

    Com a comercialização de gado de leite e de reprodutores Ibagé a produtores, a "Cinco Cruzes" iniciou a difusão desta nova raça entre os pecuaristas. Os resultados obtidos nesta fase mostraram como elevar a produtividade da pecuária como um todo. Com um trabalho de base que gerou técnicas melhoradas, nesta fase a Unidade adquiriu maturidade e afirmação para trilhar o futuro.

1960

Década de 1960

  • 1962

    A partir de 1962, a Fazenda Experimental de Criação "Cinco Cruzes" passou a integrar a rede de estações experimentais do IPEAS, tendo ainda como chefe José Mendes Barcellos até fevereiro de 1967. Hélio Codevilla Severo assumiu a chefia da Unidade desde março do mesmo ano até o fim de janeiro de 1974. No período que antecedeu a absorção da Unidade pelo sistema Embrapa, o comando esteve a cargo de José Otávio Neto Gonçalves (01 de fevereiro a 31 de dezembro de 1974) e de Pedro Caggiano Filho (janeiro a maio de 1975).

    A nomeação oficial de Joal José Brazzale Leal como chefe da então recém-criada UEPAE "Cinco Cruzes" de Bagé ocorreu em 28 de julho de 1975, segundo a Portaria n° 100/75. Na fase IPEAS, o nome da "Cinco Cruzes" foi modificado em 1968: de Fazenda Experimental de Criação, passou para Estação Experimental de Criação, nome este mantido até junho de 1975.

  • 1964

    Com a ampliação de quadro de pesquisadores ocorrida entre 1962 e 1965, o número de experimentos avolumou-se. No ano de 1964, foi criado um Setor de Veterinária e foram iniciadas pesquisas que objetivavam o controle de endoparasitos, as quais tomaram um grande impulso e apresentaram resultados de grande repercussão no futuro.

  • 1965

    Eem 1965, o Setor de Agrostologia foi denominado Setor de Forrageiras e Pastagens. Nessa fase, também ocorre uma revisão das principais linhas de pesquisa adotadas por cada setor, a qual pode ser baixada ao final da página. Muitas informações e resultados obtidos foram definitivamente incorporados às práticas adotadas pelos pecuaristas. Os resultados são mostrados nos relatórios da época e nas principais publicações geradas por experimentos conduzidos nessa fase.

    Ao perceber a importância da interpretação econômica dos resultados obtidos, o IPEAS produziu uma análise completa dos resultados acumulados na EEC de Bagé e a síntese de um sistema econômico de exploração conjunta de bovinos e ovinos na fronteira sul. Esse estudo foi realizado sob a liderança do Dr. Edmundo da Fontoura Gastal e a publicação "Um sistema de produção mista de bovinos da corte e ovinos para uma região do Rio Grande do Sul" (SEVERO et al. 1973) foi o resultado deste trabalho pioneiro. O resultado frutificou e as recomendações contidas serviram como base aos trabalhos de promoção da pecuária no RS.

1970

Década de 1970

  • 1972

    A partir de 1972, a EEC "Cinco Cruzes" colaborou com o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa, servindo como base física e apoio material e humano no início dos experimentos a campo para testar uma vacina anti-aftosa com coadjuvante oleoso. Os trabalhos foram coordenados e conduzidos pelo próprio criador da vacina Dr. Paulo Auge de Melo. A vacina oleosa produziu resultados bem superiores ao das vacinas convencionais, o que motivou o seu uso pela maioria dos produtores em vários municípios do Estado.

    A criação da Embrapa partiu do interesse direto do então Ministro da Agricultura, Engenheiro Agrônomo Luiz Fernando Cirne Lima, que ordenou os primeiros estudos de viabilidade e acompanhou a sua formação, em dezembro de 1972.

  • 1975

    Após a criação da Embrapa, em dezembro de 1972, a transformação da "Cinco Cruzes" em UEPAE da Embrapa, em 1975, foi um fato muito significativo na história da Unidade que marcou o começo de uma era mais dinâmica e moderna, pois:
    - Houve uma injeção de recursos materiais, financeiros e humanos nunca antes imaginados. Isto possibilitou ampliar e aprimorar o alcance, o nível das pesquisas;
    - Montou-se uma melhor estrutura administrativa;
    - A UEPAE pode contar com um corpo técnico com maior treinamento e capacitação;
    - Houve oportunidade de trazer técnicos e consultores altamente capacitados e internacionalmente reconhecidos para auxiliar na montagem e avaliação dos programas de pesquisa.
    Nos primeiros 10 anos da fase Embrapa (1975-1985), a UEPAE teve como chefe Joal José Brazzale Leal e Pedro Caggiano Filho como sub-chefe.

    Em 1975, os programas de pesquisa foram avaliados e as prioridades definidas. Deu-se inicio aos estudos de "Sistemas de Produção" baseados no uso de pastagens de ocorrência natural e pastagens cultivadas.

    Na área de Gado de Corte, estabeleceu-se o objetivo de aumentar a produtividade através da introdução de novas técnicas em determinadas fases do sistema produtivo. A partir de resultados isolados obtidos pela pesquisa, foram estabelecidos dois importantes sistemas: "Sistemas pecuários para a produção de carne" e "Sistema de recria de novilhos do desmame ao abate".

    Já na área de Gado de Leite, procurou-se aumentar a eficiência da produção leiteira e avaliar os resultados da pesquisa de forma conjunta, através de um sistema integral de produção com análise econômica: "Sistema de produção com gado leiteiro na região de Bagé". Foi o início dos trabalhos de pesquisa usando animais de raça Holandesa P.C., predominantes em toda bacia leiteira regional. Também foram realizados levantamentos para um diagnóstico sobre a situação da bacia leiteira da região sudoeste do Rio Grande do Sul.

  • 1976

    Em março de 1976, foram vendidos em leilão público os plantéis de gado Jersey e Vermelho da Dinamarca. A venda ocorreu por decisão superior da direção da Embrapa, no intuito de aproximar mais a raça de gado leiteiro da Unidade à realidade regional. Apesar dos propósitos e objetivos que determinaram a venda dos plantéis, a perda do patrimônio genético, especialmente a do gado Jersey, raça em ascensão, foi imensurável.

    Era sabido que devido a fatores ambientais, estrutura das propriedades (mais agricultura e menos cuidado com as atividades leiteiras), e a necessidade de baratear o custo da produção de leite através do maior uso de pastejo direto, a raça holandesa apresentava problemas. O uso de raças mais rústicas e adaptáveis, ou de cruzamentos com o holandês, ficaram como perspectivas para o futuro.

    Já na linha de ovinos, também em 1976, foi disponibilizado para o campo o sistema "Avaliação de sistema de produção de lã e carne ovina", e adotaram-se linhas de pesquisa que deram um novo escopo aos projetos:
    - Avaliação de normas de nutrição, reprodução, manejo e sanidade dirigidos para incrementar a produção de lã e carne dos rebanhos;
    - Estudo dos parâmetros genéticos das características de maior importância à produção.

  • 1977

    A partir de 1977, a introdução e avaliação inicial de plantas forrageiras passou a ser feita dentro de um novo projeto chamado Recursos Genéticos, ligados ao CENARGEN - Centro Nacional de Recursos Genéticos. O projeto constava de um Banco Ativo de Germoplasma de Forrageiras (BAG-F), onde eram feitas introduções, caracterizações, avaliações e conservação de plantas forrageiras de ocorrência natural ou cultivadas, de interesse para a região. O projeto visava:
    - Introduzir e fornecer recursos genéticos e informações sobre plantas forrageiras;
    - Colecionar e estudar amplo número de espécies de ocorrência natural.
    A avaliação de plantas forrageiras, em etapas mais avançadas, passou a ser pesquisada dentro dos projetos de Gado de Corte, Leite ou Ovinos. Também em 1977, foram ativados os estudos de ecologia e levantamentos florísticos dos campos naturais do município de Bagé.

  • 1978

    Em 1978, foi iniciada uma linha de pesquisa com a finalidade de fazer um levantamento detalhado dos solos do município de Bagé, a fim de possibilitar o mapeamento dos mesmos. Também em 1978 foi publicado na Unidade um alerta para o perigo da disseminação do capim Annoni 2 (Eragrostis plana Nees), que serviu como subsídio para o governo estadual banir esta espécie indesejável, proibindo a formação de pastagens, a produção e comercialização de suas sementes.

  • 1979

    Em 1979, foi iniciada uma linha de pesquisa visando estudar a ecologia, a dinâmica e o controle do capim Annoni 2 em pastagens do Estado. Também em 1979, ocorreu o registro do trevo branco BR-1-Bagé, como cultivar comercial, e a fundação da ABI - Associação Brasileira de Ibagé - como consolidação oficial da raça Ibagé.

1980

Década de 1980

  • 1980

    Em 1980 foi inaugurado um prédio com escritórios para acomodar o corpo de pesquisadores, e iniciou-se uma linha de pesquisa com carrapato (Boophilus microplus Can.) para verificar a prevalência estacional e o efeito das infestações no desenvolvimento de bovinos.

  • 1981

    Em 1981, foi inaugurado um restaurante para servir refeições aos funcionários.

  • 1982

    Em 1982, foi criado o Setor de Métodos Quantitativos para proporcionar apoio estatístico e administrativo. Contratou-se um funcionário especializado em digitação e programação, e instalou-se um microcomputador Polymax 101 SS. Mais adiante, em maio 1985 entrou também em funcionamento um microcomputador Nexus 1600.

  • 1983

    Em 1983, foi inaugurado o novo prédio da Biblioteca, condizente e específico para as necessidades dos usuários e em condições de acolher todo o acervo bibliográfico acumulado e por receber. Desse modo, uma bibliotecária foi contratada para atender a este setor, pois a UEPAE havia passado vinte meses sem contar com um profissional.

    Já no final de 1983 foi disponibilizado para o campo um moderno sistema objetivando estudar a descontaminação natural das verminoses em pastagens pelo uso alternado de ovinos e bovinos: "Utilização do controle estratégico e da descontaminação de pastagens para o controle da verminose ovina". Também nesse ano o Projeto Ovinos passa a ser chamado Diversificação Agropecuária - Ovinos Lanados.

  • 1984

    Em 1984, o Projeto Saúde Animal (ligado ao Programa Nacional de Pesquisa em Saúde Animal) foi iniciado para abranger todas as linhas de pesquisa em andamento na área de parasitologia e helmintos. Este fato deu mais agilidade às pesquisas na área, por desvinculá-las administrativamente dos projetos de Gado de Corte e Diversificação Agropecuária.

    Neste mesmo ano, o Laboratório de Parasitologia foi totalmente reformado para adequar-se às necessidades da Unidade. O ano de 1984 marcou também o início do funcionamento, em prédio especialmente adaptado, do Laboratório de Nutrição Animal, tão necessário para o suporte às pesquisas nas áreas de Forrageiras e Nutrição Animal.

  • 1985

    O ano de 1985 veio trazer mudanças administrativas. Assim, Domingos Vágner Coelho Rodrigues, que não pertencia ao quadro funcional da Embrapa, foi nomeado Chefe da UEPAE em 28 de agosto de 1985. Foram seus sub-chefes Eduardo Salomoni durante o mês de novembro e Pedro Afonso Almeida de Salles a partir de 23 de dezembro.

  • 1986

    Em 22 de março de 1986, com a troca da presidência da Embrapa, quando assumiu o Dr. Ormuz Freitas Rivaldo, foi difundida a idéia de valorizar a capacidade de seus funcionários, e que as Unidades Descentralizadas deveriam ser administradas por pesquisadores da Empresa.

    Assim, em 17 de abril de 1986, foram nomeados para os cargos de Chefe e Sub-chefe da UEPAE de Bagé, os pesquisadores Auro Silva Acevedo e Walfredo dos Santos Leal de Macedo, respectivamente. Já no dia seguinte, 18 de abril, aconteceu a troca das chefias. Em 3 de maio, o Dr. Ormuz Rivaldo veio a Bagé para dar posse oficial aos novos chefes. A decisão por estes nomes veio ao encontro de uma sugestão do corpo técnico e administrativo da Unidade, tomada mediante eleição realizada em junho de 1985.

    Desse modo, a Unidade passou por uma fase de novas definições e busca por novas potencialidades de produção para a região, proporcionando abertura para que centros de pesquisa da Embrapa iniciassem aqui linhas de pesquisa na área agrícola (fruticultura, vitivinicultura, trigo e arroz, etc.), e com uma diversificação de produção que pôde dinamizar a economia dos municípios da região.

  • 1987

    Em 1987, a Embrapa cria, como instrumento básico de planejamento estratégico, o "Plano Diretor da Embrapa (PDE)" e estabelece seus objetivos, e, no mesmo ano, ocorre a comemoração do cinquentenário da Estância "Cinco Cruzes".

1990

Década de 1990

  • 1990

    No dia 2 de maio de 1990, os filiados do SINPAF (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário), reunidos em assembléia geral no Centro Nacional de Pesquisa de Ovinos (CNPO), aprovam a criação formal e legal da Seção Sindical no CNPO.

    De julho de 1990 a julho de 1996, a chefia do CNPO ficou sob a responsabilidade do pesquisador Joal José Brazzale Leal.

  • 1992

    Em 1992, é publicado o II Plano Diretor da Embrapa (II PDE), com vigência até 1998.

  • 1993

    Em 1º de maio de 1993, o CNPO passa a denominar-se Centro de Pesquisa de Pecuária dos Campos Sul-Brasileiros (CPPSUL), e o mesmo estabelece suas ações futuras e publica seu I Plano Diretor da Unidade (I PDU).

  • 1996

    Em julho de 1996, assume a chefia do Centro o pesquisador Eduardo Salomoni, desempenhando esta função até abril de 2004.

  • 1999

    Em 22 de abril de 1999, é aprovado o Regimento Interno do CPPSUL, de acordo com o Boletim de Comunicações Administrativas da Embrapa BCA:20/99. Nessa época também acontece a publicação do III Plano Diretor da Embrapa (III PDE) para o período de 1999-2003.

    O prédio onde ficavam localizados a carpintaria, ferraria, farmácia veterinária, cooperativa dos funcionários e garagem é reformado para abrigar o Almoxarifado da Unidade, e ocorre a construção de dois novos prédios para as novas garagens.

2000

Década de 2000

  • 2000

    Em 2000, com objetivo de realinhar as diretrizes e estratégias gerenciais para o período de 2000-2003, a Embrapa Pecuária Sul publica seu II Plano Diretor da Unidade (II PDU), e a Embrapa publica seu IV Plano Diretor (IV PDE) com vigência até 2007.

  • 2004

    De abril de 2004 a abril de 2006, a chefia da Unidade ficou a cargo da pesquisadora Ana Mirtes de Sousa Trindade.

  • 2005

    Em 2005, acontece a publicação do III Plano Diretor da Embrapa Pecuária Sul (III PDU) para o período de 2004-2007. Este Plano Diretor visava acompanhar a dinâmica da Empresa, pela reorientação de rumos e paradigmas e pela necessidade de inclusão social justa e equânime às questões do agronegócio.

  • 2006

    Em 2006, Roberto Silveira Collares assume a chefia da Unidade.

    O prédio do antigo Almoxarifado é reformado e, atualmente, abriga o Laboratório de Reprodução Animal.

  • 2007

    Em 2007, a Biblioteca, depois de mais de 10 anos sem a presença de um profissional especializado, novamente passa a contar com uma bibliotecária para atendimento e organização das atividades.

    Neste ano também começa a operar na Unidade uma estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia, e o prédio dos Setores de Recursos Humanos e Orçamento e Finanças é totalmente reformado.

  • 2008

    Em 2008, a Embrapa divulga seu V Plano Diretor - 2008-2011-2023 (V PDE), o qual aborda os novos rumos de médio e longo prazos a serem alcançados pela Empresa até 2023. Assim, baseado nas estratégias de médio prazo do V PDE, a Embrapa Pecuária Sul publica seu IV Plano Diretor (IV PDU) para o período de 2008-2011.

    No dia 23 de abril de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, durante solenidade de comemoração dos 35 anos da Embrapa, no Palácio do Planalto, a criação do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa, o PAC Embrapa. A iniciativa apoiou a Empresa com recursos para enfrentar novos desafios tecnológicos advindos da evolução da produção agrícola, do avanço da fronteira do conhecimento, e das novas políticas públicas. Na Embrapa Pecuária Sul, a aplicação orçamentária do PAC, em 2008, teve como foco:
    - Investimento em obras de revitalização, ampliação, adequação de laboratórios e campos experimentais;
    - Custeio geral do PAC Embrapa para financiar ações de Pesquisa e Desenvolvimento, Transferência de Tecnologia, Inovação Institucional, Capacitação e Custeio Gestão;
    - Investimento em máquinas e equipamentos, destinados especialmente a atender necessidades dos Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e Ações de Transferência de Tecnologia.

    Já em setembro de 2008, a Embrapa Pecuária Sul lança a tecnologia para aplicação seletiva de herbicida Campo Limpo.

  • 2009

    Em 2009, a Pecuária Sul recebeu a visita do presidente da Embrapa, Pedro Arraes, empossado no cargo em julho do mesmo ano. Além de conversar com os funcionários e com as chefias, Arraes conheceu alguns dos projetos de pesquisa desenvolvidos pela Unidade. O presidente da Embrapa também visitou os campos experimentais e as novas instalações dos laboratórios que receberam recursos do PAC Embrapa.

    O prédio do Laboratório de Carnes é reformado, sendo totalmente remodelado e ampliado. A obra foi viabilizada pelo PAC Embrapa, que garantiu recursos de R$ 300 mil para o empreendimento. A primeira atividade da nova etapa do laboratório foi o Curso Internacional de Análise Sensorial de Carnes e Produtos Cárneos, ministrado por Carlos Sañudo, pesquisador da Universidade de Zaragoza (Espanha).

    Em outubro do mesmo ano, durante a 97ª Expofeira de Bagé, a Embrapa Pecuária Sul e o Núcleo Bageense de Criadores de Brangus Ibagé lançam o livro Ontem Ibagé, hoje Brangus: a história de uma raça, produzido pelo centro de pesquisa e organizado por Eduardo Salomoni e Laudo Del Duca, pesquisadores aposentados da Unidade.

2010

Década de 2010

  • 2010

    Em 2010, treze touros da raça Brangus são cedidos a pecuaristas familiares do território do Alto Camaquã, e o desempenho dos animais nas propriedades foi acompanhado pelos pesquisadores.

    Em maio desse ano ocorre o lançamento do programa Rede Leite em Ijuí, o qual consolida a participação da Embrapa Pecuária Sul no Noroeste do Rio Grande do Sul.

    Já em agosto desse mesmo ano, a plataforma portátil para pesagem de bovinos é lançada na 33ª Expointer, em Esteio (RS).

    Com apoio da Embrapa Pecuária Sul, o território do Alto Camaquã torna-se membro da Associação Internacional de Montanhas Famosas.

    E em dezembro de 2010, os novos laboratórios de Nutrição e Forrageiras e de Reprodução Animal, além do Abatedouro experimental, ainda em fase de instalação, foram inaugurados oficialmente durante audiência pública, e o pesquisador Alexandre Varella assume o cargo de Chefe-Geral da Unidade.

  • 2012

    Em 2012, a unidade colocou no mercado a cultivar BRS Estribo de Capim-Sudão, uma nova alternativa de forrageira para os produtores de gado de corte e de leite.

  • Dias atuais

    Atualmente, a equipe da Embrapa Pecuária Sul, formada por mais de 120 funcionários, mantém uma carteira ativa com 20 projetos de pesquisa liderados pela unidade de Bagé.