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BananaFIT bate recorde de público
Um sucesso. Assim pode ser resumida a terceira edição do Workshop sobre Fitossanidade na Cultura da Bananeira, realizado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura — Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) — em parceria com a Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), de 10 a 13 de julho. O evento conseguiu atrair para Cruz das Almas (BA) 108 participantes, entre produtores rurais, técnicos de empresas de assistência técnica e extensão rural (Ater), fiscais federais e estaduais agropecuários, técnicos, consultores, professores e estudantes e se consolida como o principal evento técnico sobre doenças e pragas específico para a bananicultura no Brasil.
As principais ameaças fitossanitárias à cultura em todo o mundo, como mal-do-Panamá, sigatokas negra e amarela, moko, viroses, nematoides, broca do rizoma, tripes e ácaros, foram amplamente discutidas por pesquisadores e analistas da Embrapa, especialistas da Universidade Federal de Lavras, Instituto Federal Baiano, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e Superintendência Federal da Agricultura (SFA-ES). Ministraram palestras ainda quatro pesquisadores estrangeiros — três da Corporación Nacional Bananera (Corbana), da Costa Rica, e um do Instituto Nacional de Investigaciones Forestales, Agricolas y Pecuarias (Inifap), do México.
Fizeram parte da programação as palestras empresariais, apresentadas por representantes dos patrocinadores do evento. A pista em frente ao prédio da Pesquisa, onde fica localizado o Auditório 1, acolheu os toldos dos estandes das empresas patrocinadoras — Laboratório Farroupilha, Biovalens, Biocell e Toyobo do Brasil — que puderam mostrar um pouco das tecnologias disponíveis para a cultura.
Para o analista da Embrapa Mandioca e Fruticultura Herminio Rocha, um dos organizadores e instrutores, o balanço foi muito positivo. “Foi uma preciosa oportunidade de interação entre os participantes e todo o corpo de palestrantes. Pela primeira vez, tivemos a participação de empresas ligadas ao setor bananeiro expondo as suas tecnologias e apresentando palestras técnicas também.”
Presente na abertura e no encerramento do evento, o chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Alberto Vilarinhos, mostrou-se entusiasmado com as manifestações de satisfação dos participantes. “É importante que vocês tragam as suas demandas, nos cobrem para que melhoremos ainda mais a qualidade das entregas de resultado para vocês”, disse.
Para o pesquisador Edson Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético da Bananeira e também coordenador e instrutor do BananaFIT, o evento foi além de suas expectativas. “Houve um salto qualitativo, com a presença de um maior número de produtores que são referência”, afirmou.
O pesquisador Fernando Haddad, outro coordenador do evento, destacou a presença de vários atores da cadeia produtiva. “Repercutiu muito bem e me chamou a atenção que a presença maior da UD nos polos produtores atraiu várias pessoas para o evento, inclusive os consultores, que são um elo importantíssimo, já que transferem tecnologia e adotam junto aos produtores”, declarou.
O palestrante Mauricio Guzmán, da Corbana, classificou o evento como muito importante. “Vejo um grande esforço da Embrapa para difundir melhor a informação aos produtores e para que eles estejam preparados para enfrentar as pragas e as mudanças climáticas.”
Mário Orozco, pesquisador de fitopatologia tropical do Inifap, achou uma experiência surpreendente. “Apesar de ter vindo 15 vezes ao Brasil, foi a primeira vez na Bahia. Excelente a qualidade dos palestrantes, e o sentimento dos participantes foi realmente positivo. Eles demonstraram gostar tanto das aulas no auditório como no campo. Eu aprendi muito também.”
Pela segunda vez na UD — a primeira foi quatro anos atrás num intercâmbio científico entre Embrapa e Corbana —, o entomologista César Guillén se disse muito contente, sobretudo com a comissão organizadora, por ter incluído na programação pragas como bicudo negro, escamas e cochonilha. “Meu objetivo foi mostrar aos produtores quem são esses insetos, como identificar e como se pode combater. É importante que eles conheçam todas as ferramentas que existem: controle químico, práticas culturais e de controle biológico.”
A próxima edição do BananaFIT, programada para 2020, já tem destino certo: Janaúba (MG). Desafio aceito pela Embrapa e pela Abanorte.
Reuniões reafirmam parcerias
Na tarde do dia 13, representantes da Chefia se reuniram com representantes da Abanorte, Grupo Borborema, grandes produtores e consultores da região do Jaíba (MG). Os visitantes agendaram a reunião para sugerir oficialmente a instalação de um campo avançado da UD na região, alvo de experimentos e pesquisas já há mais de 20 anos, sede de um dos maiores produtores tecnificados de banana do país. O grupo trouxe documento avalizado pelos parceiros Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e Instituto Federal do Norte de Minas Gerais.
Outras reuniões que aconteceram com a Chefia visaram discutir convênio de parceria técnico-científica com o Inifap e renovação de contrato com a Corbana.
Confira aqui a opinião de alguns participantes sobre o evento.
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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