A produção de painéis de média densidade (MDF) no Brasil é de 5,1 milhões de metros cúbicos por ano destinados aos mercados interno e externo. Representa um faturamento de U$ 1,2 bilhão e geração de 30 mil empregos formais diretos apenas nas empresas associadas à Associação Brasileira de Painéis de Madeira (ABIPA). O adesivo usado nas indústrias de MDF para aglomerar as fibras de madeira é composto principalmente pelas resinas ureia, formaldeído e melamina. Porém, normas internacionais limitam a emissão de formaldeído a quase zero, o que torna necessário o desenvolvimento de tecnologias para atingir os novos critérios de qualidade. Existem formulações de resinas uréicas que atendem às exigências de emissão, mas tornam o processo de encolamento mais caro com reflexo no preço final do painel. Mais ainda, acabam por facilitar o ataque de fungos e cupins nas chapas e produtos derivados. A forma encontrada para solucionar o problema é a adição de biocidas à cola. Outros problemas relacionados ao MDF são a necessidade de aumento da resistência mecânica das chapas, que permitiria diminuir a espessura e peso dos painéis, e o aumento da repelência à água resistindo ao inchamento do MDF em presença de umidade. A nanotecnologia pode ser um caminho para solucionar estes problemas.Este projeto pretende, então, modificar processos de fabricação de MDF pela adição de nanopartículas, nanobiocidas e nanofibrilas de celulose, além de deposição de filmes nanométricos visando diminuir a emissão de formaldeído, hidrofobizar a superfície e aumentar as resistências mecânica e à biodegradação.