Os efeitos das mudanças do clima (MC) podem causar prejuízos na produtividade das culturas agrícolas e florestais, além da perda da diversidade biológica de florestas tropicais. Por outro lado, as florestas têm reconhecida importância na retirada e armazenamento de gás carbônico (CO2) no solo e na biomassa vegetal, além de apresentar consumo de metano (CH4) e baixas emissões de óxido nitroso (N2O). Florestas contribuem com a regulação climática, serviços ecossistêmicos, além de estarem relacionadas aos compromissos assumidos no acordo internacional de combate a mudanças climáticas, o Acordo de Paris. O objetivo desse projeto é identificar e mensurar o potencial de práticas silviculturais no aumento dos estoques de carbono e na remoção de gases de efeito estufa (GEE) em plantios homogêneos de eucalipto e pinus, em sistemas integrados e mistos de produção agropecuária, e também em remanescentes florestais nativos, inclusive em ambientes urbanos, como estratégias para mitigar as mudanças do clima. Práticas de manejo de sistemas florestais, como cultivos mistos, manejo de resíduos, adubação, densidade de plantio e diversidade genética de pinus e eucalipto, serão avaliados com intuito de reconhecer medidas de adaptação e mitigação. Os métodos utilizados para a coleta dos dados serão baseados nos protocolos experimentais reconhecidos e já ajustados na fase 1 do projeto Saltus. As informações geradas pelos projetos componentes serão integradas pelo banco de dados do Saltus – BDSaltus (https://www.saltus-rep.cnptia.embrapa.br/). Como meta, pretende-se o aprimoramento e/ou desenvolvimento de fatores de emissão, coeficientes e/ou indicadores técnicos científicos referentes às emissões e às remoções de GEE dos sistemas florestais e necessários à execução das principais políticas públicas de incentivo ao controle das Mudanças Climáticas do país. A rede de pesquisa é formada por Unidades da Embrapa e parcerias com instituições de ensino e empresas florestais.