Florestas nativas contribuem na regulação do clima do nosso planeta por meio do armazenamento de carbono (C) e da redução da emissão de gases que aquecem o planeta, os chamados gases de efeito estufa (GEE). Assim, a retirada de C da atmosfera e seu armazenamento na biomassa das árvores (raízes, troncos, galhos e folhas) e no solo e a menor emissão de GEE como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso colaboram na regulação da temperatura global. No entanto, as informações sobre a magnitude desses processos ainda é desconhecido para a maioria das florestas, inclusive para as florestas urbanas, tão importantes na resiliência das cidades aos efeitos das mudanças do clima. Essas informações são essenciais para a implementação de políticas públicas de incentivo ao combate das mudanças climáticas, como também prevê a política nacional de mudanças do clima e o objetivo do desenvolvimento sustentável 13.O projeto pretende inferir indicadores de qualidade ambiental relacionados ao potencial de remanescentes florestais nativos em reduzir os impactos causados pelas mudanças climáticas. Nessa ação a Embrapa Florestas, conta com a parceria da Embrapa Solos, da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Fundação Grupo O Boticário, para avaliar áreas naturais preservadas, alteradas, e fragmentos situados em ambientes periurbanos e urbanos de remanescentes da Floresta Ombrófila Mista e da Floresta Ombrófila Densa. O bioma Mata Atlântica já experimentou alteração significativa da vegetação original e por isso, a quantificação dos estoques de carbono e dos fluxos de gases, como estratégia para a mitigação das mudanças do clima também é uma alternativa de conservação desses remanescentes. Além dos impactos diretos, as informações geradas poderão indicar diretrizes para o melhor ordenamento social, incentivos fiscais e tributários e para a preservação/recuperação de florestas naturais.