Entre as prioridades das organizações que desejam ser reconhecidas pela boa gestão climática está a produção de inventários de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). Nacionalmente, o Brasil já publica este tipo de inventário desde 1990 e a melhoria dos coeficientes técnicos, indicadores e fatores de emissão é uma necessidade. No setor florestal, tradicionalmente são utilizadas equações alométricas de volume e de biomassa para estimar os estoques de carbono (C) na vegetação. Já o estoque de carbono no solo, apesar de representar mais de 50% do C contido no ecossistema florestal, não havia recebido atenção. Estudos recentes, no Brasil, indicam que a estimativa do C do solo para plantio florestal tem variações regionais e que, inclusive, pode ser positivo em conversões de uso que envolvem eucalipto. Assim, para melhor representar as métricas ambientais do país e também subsidiar as organizações, um aprimoramento desse índice faz-se muito pertinente, em todas as regiões produtoras de floresta plantada. Este projeto tem como objetivo desenvolver um banco de dados de estoques de carbono para geração de índices de alteração do carbono no solo e métodos de monitoramento. A partir de uma base de informações, será selecionado um conjunto de áreas potenciais, observando o histórico da conversão de uso, as classes de argila e o tempo de uso com plantio florestal. Em paralelo, a área que representa a condição original e ou o uso anterior ao plantio florestal será também avaliada. Como impacto, espera-se a melhoria da representatividade das informações nacionais sobre métricas de carbono em plantios florestais.