O eucalipto é o principal gênero de interesse florestal plantado no Brasil. Seu uso extensivo em plantios florestais se deve ao rápido crescimento de algumas de suas espécies (média de 45 m³/ha/ano em plantios clonais) e à produção de fibras e polpa de madeira de alta qualidade. O melhoramento genético tradicional busca o aumento da produtividade e da tolerância a estresses bióticos e abióticos. No entanto, estes programas demoram vários anos, devido ao ciclo de vida das espécies florestais. A transformação genética pode ser uma ferramenta útil em tais programas, como forma de acelerar o processo e modificar características específicas. No entanto, a utilização da técnica é limitada pela alta recalcitrância das espécies de eucalipto à regeneração in vitro.
Com esta metodologia, é possível obter a regeneração in vitro do clone 3336 de Eucalyptus grandis x E. urophylla, de domínio público, por meio de organogênese de folhas. A regeneração obtida pode ser considerada ótima por se tratar de um clone de eucalipto, e o protocolo é diretamente aplicável em experimentos de transformação genética.