A pedido da deputada federal Luísa Canziani (PTB/PR), a Embrapa Agroenergia recebeu na última quarta-feira (17) a visita do chefe de gabinete da deputada, José Euclides Franco Filho, acompanhado do Secretário de Governo de Londrina (PR), Alex Canziani, e do secretário parlamentar Hélio Sanedese Júnior. Os visitantes foram recepcionados por Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Bruno Laviola, chefe de P&D, Patrícia Abdelnur, chefe de TT, e o pesquisador Rossano Gambetta. O objetivo da visita foi conhecer o trabalho que a Embrapa Agroenergia desenvolve na área de biogás. O chefe-geral Alexandre Alonso explicou a atuação da Unidade na linha de biorrenováveis e a lógica de biorrefinaria. Já o chefe de P&D da Unidade, Bruno Laviola, ressaltou em sua fala que o biogás é bastante estratégico para o País, em especial se pensarmos em questões como a necessidade de descarbonização da economia e mitigação do gás metano, temas que ganharam evidência na COP-26. “Nossos resíduos são riquezas que devem ser aproveitadas”, disse Laviola. Por telefone, o diretor-geral do Instituto Federal do Paraná - Campus avançado Arapongas (IFPR/PR), Thiago Nascimento, falou sobre um projeto para a cidade de Arapongas (PR) que visa a construção de uma miniusina para a produção de biometano a partir de resíduos de restaurantes e hortifrutis de supermercados. Segundo ele, a ideia é gerar o gás a partir de 10 toneladas de resíduos por dia. “Queremos com isso abastecer 15 veículos da frota da prefeitura e mais 15 empilhadeiras do sindicato moveleiro”, explicou. Thiago lembrou que a cidade de Arapongas, localizada no norte do estado do Paraná, é um pólo da indústria moveleira e já possui investidores com interesse em produzir energia inteligente. O pesquisador Rossano Gambetta apresentou informações sobre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas na Embrapa Agroenergia para a obtenção de biogás e etanol de segunda geração a partir de correntes dos processos de auto-hidrólise e organosolv de bagaço de cana-de-açúcar. Segundo Gambetta, hoje as pesquisas na Unidade trabalham com reatores entre 10 l e 200 l, e poderão se beneficiar com o aumento da escala proposta pelo IFRP/PR. “O metano é o ‘outro’ gás que contribui cada vez mais para o aquecimento global, mas pode ser útil novamente na cadeia do agronegócio como fertilizante, por exemplo”, explicou o pesquisador O secretário de governo de Londrina, Alex Canziani, lembrou que em 2006, quando era deputado federal, conheceu pessoas que estavam trabalhando na criação da Embrapa Agroenergia e que ficou admirado com o nível de desenvolvimento das pesquisas na UD e as ações que estão sendo realizadas no momento, bem como o potencial para parcerias. “A questão da energia é um grande potencial para o País, e lá em Londrina estamos trabalhando na região metropolitana a ideia de construir um parque tecnológico voltado para energias renováveis. Essa conexão com a Embrapa Agroenergia tem tudo a ver com aquilo que estamos querendo fazer”, disse o secretário.