O cultivo do alho no Rio Grande do Norte era feito em áreas de baixada e leitos de rios por produtores de baixo poder aquisitivo utilizando técnicas ainda rudimentares. A época de plantio dependia do abaixamento das águas, o que ocorria, muitas vezes, na época em que as temperaturas em elevação comprometiam a produção e a qualidade dos bulbos produzidos. Entretanto, o estado possui regiões serranas com condições edafoclimáticas favoráveis ao cultivo de alho que, no entanto, nunca foram exploradas para a produção dessa hortaliça. Nessas regiões é possível, inclusive, produzir alhos nobres, de grande aceitação e elevado valor comercial, com uso da técnica de vernalização. Dessa forma, pretende-se gerar um sistema de produção para cultivo do alho na região do semiárido do Rio Grande do Norte, incluindo recomendação de cultivares adaptadas, resposta à adubação, espaçamento e tamanho de bulbilhos para plantio e qualidade pós-colheita. As ações serão desenvolvidas com apoio de estudantes de pós-graduação da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) com dissertações e/ou teses que permitam indicar variedades mais adaptadas às condições do semiárido que favoreçam o cultivo do alho em regiões de diferentes altitudes. Serão feitos estudos de irrigação por gotejamento, adequações das adubações de nitrogênio e potássio específicas para as condições de fertilidade de solo da região, manejo do tamanho do alho-semente e espaçamentos de plantio e, finalmente, a avaliação de qualidade pós-colheita de bulbos e a aptidão para processamento com intuito de abastecer as indústrias processadoras existentes na região com o alho produzido pelos agricultores locais.