O capim-elefante ( Pennisetum purpureum Schum.) tem a produtividade e a qualidade de forragem afetadas diretamente pela interferência de plantas daninhas. A dificuldade de controle dessas espécies é um dos principais entraves para a produção e uso desta forrageira como insumo na alimentação animal, bem como na produção de biomassa para uso energético. Apesar do grande progresso em técnicas de controle agro-ecológico de plantas daninhas, os herbicidas ainda são indispensáveis. Desse modo, práticas de uso racional desses produtos devem ser aprimoradas no sentido de produzir alimentos de qualidade e com menor impacto ao ambiente e à saúde humana. O objetivo geral desse projeto foi desenvolver tecnologias de manejo de plantas daninhas em cultivos de capim-elefante, a fim de evitar perdas de produtividade, garantir a estabilidade de produção de fitomassa ao longo do ciclo de cultivo, bem como produzir forragem dentro dos limites de resíduos de agrotóxicos legalmente permitidos. Foram identificados os diferentes períodos de competição planta daninha-capim-elefante, permitindo determinar a fase do ciclo de cultivo dessa forrageira na qual as práticas de controle devem ser efetivamente adotadas, prevenir essa interferência na fase inicial do estabelecimento e condução dos cultivos, indicar herbicidas seletivos para o capim-elefante e doses capazes de controlar de forma eficaz as plantas daninhas e ainda produzir forragem de qualidade, dentro dos limites de resíduos de herbicidas legalmente permitidos. Finalmente, foram conduzidas iniciativas de transferência das tecnologias geradas pelo projeto, a fim de fomentar a adoção das práticas pelos produtores. Do ponto de vista econômico, as ações estão contribuindo para reduzir as perdas de produtividade do capim-elefante, garantindo maior renda ao produtor. No aspecto ambiental, há menor risco de contaminação do solo, da água e da forrageira, em função do uso racional de herbicidas e doses necessárias ao controle das plantas daninhas nas áreas de cultivo do capim-elefante.