Uso de aditivos na alimentação de vacas leiteiras

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Os avanços tecnológicos ocorridos nos sistemas de produção de leite estão relacionados ao melhoramento genético e ao manejo nutricional. O melhoramento genético permitiu a obtenção de animais cada vez mais produtivos, o que implica em maior demanda por nutrientes e, consequentemente, um ajuste mais fino das dietas, de forma a atender aos requerimentos nutricionais dos animais e reduzir a incidência de distúrbios metabólicos (acidose, laminite, hipocalcemia etc.). Outro fator importante a ser avaliado é a questão relativa ao uso de óleos essenciais (OEs) como substitutos de antibióticos (ionóforos), associados ou não a enzimas exógenas (amilase). Os OEs têm apresentado potencial para atuar como substitutos dos antibióticos, haja vista a possibilidade de seu uso como agente antimicrobiano, podendo atuar como modulador da fermentação ruminal por meio da sua ação antimicrobiana não específica, alterando o metabolismo da microbiota ruminal. O uso de enzimas amilolíticas exógenas tem por objetivo aumentar a eficiência de utilização do amido dietético, com redução das perdas energéticas e nitrogenadas nos processos de digestão, esperando-se impacto positivo sobre o desempenho dos animais. Neste projeto foram estudadas estratégias de manejo nutricional para os períodos de transição e lactação, com vistas à melhoria das eficiências econômica e produtiva do sistema de produção. Sendo assim, um dos objetivos desse projeto foi avaliar os efeitos do calcidiol (25-hidroxivitamina D3; 25 (OH) D3) e da vitamina D3 (colecalciferol) sobre as concentrações plasmáticas de minerais e metabólitos, equilíbrio mineral, excreção mineral, balanço energético e produção de leite de vacas leiteiras, no período de transição. A hipótese foi de que a suplementação com 3,0 mg/dia de 25(OH)D3 durante o período pré-parto seria mais eficaz do que a suplementação com colecalciferol, visando minimizar o desequilíbrio de cálcio durante o período de transição e incrementar a produção de leite das vacas. Houve tendência de aumento nos níveis plasmáticos de Ca ionizado em vacas alimentadas com 25(OH)D3 em comparação com aquelas tratadas com colecalciferol, mas nenhum efeito foi detectado para as concentrações de Ca total e P total. A suplementação com 25(OH)D3 aumentou a produção de colostro, a concentração plasmática de 25-hidroxivitamina D3 e a concentração plasmática de glicose no parto. O consumo de matéria seca no pós-parto não foi influenciado pela fonte de vitamina D3. Também houve incremento na produção de leite e produções de leite corrigidas para gordura e energia, bem como melhora na composição do leite no início da lactação. Os resultados obtidos sugerem que a suplementação com 25(OH)D3 pode melhorar os mecanismos de homeostase do Ca e o desempenho da lactação em comparação à prática alimentar convencional que utiliza o colecalciferol como fonte de vitamina D3. O outro objetivo foi avaliar os efeitos da suplementação com OEs, associados ou não à amilase, no desempenho produtivo de vacas holandesas em lactação. Foram avaliados os seguintes tratamentos: a) controle, sem aditivos; b) óleos essenciais (OEs), adição de blend de óleos essenciais; e c) amilase + óleos essenciais (Am+OEs), combinação de óleos essenciais e α-amilase. A suplementação com aditivos não influenciou o consumo de matéria seca (23,9 kg/dia). No entanto, o uso de Am+OEs aumentou a eficiência alimentar (1,40) em comparação ao controle e a suplementação apenas com OE (1,27 e 1,21, respectivamente). Houve aumento na produção de leite para as vacas suplementadas com Am+OEs, em comparação ao grupo não suplementado (32,2 vs. 28,7 kg/dia, respectivamente). Não houve diferenças para os teores de gordura (37,4 g/kg), lactose (45,6 g/kg) e nitrogênio ureico do leite (17,3 mg/dL). O uso de óleos essenciais associados à amilase aumenta a produção de leite e melhora a eficiência alimentar em vacas no terço médio da lactação. As informações contidas nesse documento contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de números 1 - Erradicação da pobreza: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; 2 - Erradicação da fome: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; 8 - Empregos dignos e crescimento econômico: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.

Situação: concluído Data de Início: Thu Nov 01 00:00:00 GMT-03:00 2018 Data de Finalização: Fri Apr 30 00:00:00 GMT-03:00 2021

Unidade Lider: Embrapa Gado de Leite

Líder de projeto: Mirton Jose Frota Morenz

Contato: mirton.morenz@embrapa.br