A abobrinha é um fruto colhido ainda verde. Pertence à família Cucurbitácea, assim como a melancia, o melão, o pepino e a moranga. Quando deixado na planta, o fruto desenvolve-se e amadurece.
Originou-se no continente americano, do Peru até o Sul dos EUA. É um fruto de fácil digestão e com poucas calorias. Fornece sais minerais e fibras, além de ser fonte de vitaminas, com destaque para a vitamina A.
Foto carrossel: Felipe Barra e bergamont por iStock
Dois tipos de abobrinha são mais comuns no mercado brasileiro: a abobrinha tipo menina, que tem o fruto com pescoço, e a tipo italiana, com o fruto alongado sem pescoço. As cores vão do verde bem claro, quase branco, até o verde médio com faixas de verde mais escuro. Em alguns mercados, pode-se encontrar fruto de cor amarela forte e uniforme, que não deve ser confundido com o fruto verde amarelecendo por estar velho.
Os frutos são muito sensíveis e machucam-se com facilidade, apodrecendo rapidamente nas partes machucadas. Por isso, escolha-os com cuidado, sem apertá-los ou danificá-los com as unhas. Nas feiras, quitandas ou mercados, compre-os por último, evitando assim que sejam amassados por outros produtos ao acomodá-los todos no carrinho ou nas sacolas.
Escolha os frutos firmes, com a casca de cor brilhante, sem partes escuras ou amolecidas. As abobrinhas com no máximo 20 cm de comprimento são mais tenras e saborosas. Frutos maiores podem ser consumidos sem problemas, mas terão textura e sabor intermediários entre a abobrinha e abóbora seca.
Quando picada e embalada em filme de plástico, deve obrigatoriamente estar em expositor refrigerado. Preste atenção no prazo de validade e não compre se houver formação de líquido amarelado no fundo da embalagem, o que indica que o produto está começando a se deteriorar.
Compre somente a quantidade necessária para consumir logo, pois a abobrinha estraga-se rapidamente; ela fica murcha, com a casca sem brilho e apodrece.
Quando em condição natural, os frutos devem ser mantidos em local fresco e sombreado por até dois dias. Na época seca do ano, esse tempo pode ser ainda menor.
Na geladeira, podem ser conservadas por cerca de cinco dias. Coloque os frutos sem lavá-los dentro de saquinhos de plástico, na gaveta inferior da geladeira. Se preferir lavá-los antes de guardar, não se esqueça de secá-los com papel-toalha ou com um pano limpo. Se houver formação de gotículas de água dentro da embalagem, recomenda-se perfurá-la com um garfo.
Para congelar, lave bem os frutos, seque-os e corte-os em rodelas ou cubos. Coloque os pedaços sobre uma bandeja ou vasilha aberta e leve-os ao congelador até que endureçam. Em seguida, coloque os pedaços congelados em sacos ou vasilhas de plástico rígido e retorne-os ao congelador.
Não há necessidade de descascar os frutos para usá-los. Pequenos ferimentos na casca, sem apodrecimento, não comprometem o uso. Remova com faca a parte ferida e use o restante. Os frutos são consumidos com as sementes quando estas ainda estão bem pequenas e macias.
A abobrinha pode ser consumida refogada no óleo ou azeite, cozida, em saladas, como suflê, frita à milanesa, recheada com outras hortaliças, com queijo, ovos cozidos ou qualquer tipo de carne. Também pode ser usada como recheio de pratos assados, tais como bolo, pizza e pastelões.
Não há necessidade de cozinhar a abobrinha em excesso, pois ela fica mais saborosa e mais nutritiva quando mais consistente. Também não é preciso acrescentar água, a não ser em sopas e caldos, pois a própria água da abobrinha é suficiente para cozinhá-la.
Quando a abobrinha está bem nova e pequena, pode ser servida crua e ralada, em salada ou com patês à base de ricota, maionese ou requeijão cremoso.
Para descongelar, coloque-a em água fervente ou descongele durante o preparo do prato, conforme a receita.
Prefira comprar frutos com o cabinho, pois assim podem ser conservados por mais tempo.
Incremente o sabor do macarrão acrescentando pequenos pedaços de abobrinha cozida ao molho.
Os seguintes temperos combinam com a abobrinha: alho, cebola, pimenta, cebolinha-verde, azeite, limão, vinagre, gergelim e manjericão.
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Fonte: LANA, M. M.; TAVARES, S. A. (Ed.). 50 Hortaliças: como comprar, conservar e consumir. 2. ed. rev. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. 209 p. il. color.
Atualizado: Milza Moreira Lana - Embrapa Hortaliças. Nov.2022.