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Acordo Embrapa e IPHAN fortalece o conhecimento tradicional e a agrobiodiversidade
A Embrapa e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) começam a desenvolver uma série de ações no âmbito da cooperação técnica para pesquisa, intercâmbio de experiências, informações e tecnologias. Para isso a diretora-executiva de Administração e Finanças da Embrapa, Vania Beatriz Castiglioni, e pela presidente do IPHAN, Jurema de Sousa Machado, assinaram um acordo que trata, entre outros objetivos, da capacitação de recursos humanos, do desenvolvimento institucional e da gestão pública, mediante a implementação de ações conjuntas ou de apoio mútuo e de atividades complementares de interesse comum.
As atividades referentes ao acordo serão desenvolvidas num período de 60 meses, prazo estabelecido entre a Embrapa e o IPHAN, mas que poderá ser prorrogado. A ideia central para o trabalho, na Embrapa coordenado pelo Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT), conjunto é de que os conhecimentos tradicionais associados à agrobiodiversidade estão diretamente relacionados com a efetivação do direito humano à alimentação adequada, assim como a soberania e a segurança alimentar e nutricional. Por outro lado, as demandas associadas aos bens imateriais registrados como Patrimônio Cultural não raras vezes têm relação direta com o manejo da biodiversidade – e também com assuntos como a valoração de ofícios tradicionais, que enfrentam de alguma maneira questões de marginalização ou proibição legal.
As temáticas contempladas pelo acordo são: sistemas de uso do ambiente, paisagens e estratégias agroalimentares de povos e comunidades tradicionais (inseridos no escopo de atuação de ambas as instituições); a conservação dinâmica de sistemas agrícolas tradicionais; a salvaguarda de bens culturais imateriais associados à agrobiodiversidade e sociobiodiversidade; inventários culturais de saberes tradicionais associados à agrobiodiversidade e sociobiodiversidade; conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético.
O acordo contribui para a valorização de práticas agrícolas tradicionais, especialmente aquelas locais, socioculturais adaptadas aos diferentes biomas e ambientes. Além disso, a parceria com o IPHAN é fundamental para a implementação de tratados de ordem internacional e de políticas nacionais de soberania e segurança alimentar, de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial e de proteção e reconhecimento dos direitos dos povos e comunidades tradicionais e de sua contribuição para a agricultura e para a conservação da biodiversidade.
Deva Rodrigues (MTb/RS5297)
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