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Hortbio, alface e tomate estão entre os projetos aprovados em editais da FAPDF
Caracterização biológica do biofertilizante Hortbio e seu efeito na qualidade ambiental e de hortaliças cultivadas em sistema orgânico de produção (Apoio Financeiro a Primeiros Projetos – edital 05/2013); Adaptação de sistemas produtivos de alface no DF às mudanças climáticas: seleção de genótipos tolerantes e aplicação de microrganismos solubilizadores de fósforo; e Diagnose dos problemas fitossanitários do tomateiro no Distrito Federal e desenvolvimento de estratégias de manejo eficiente das principais pragas (Apoio Financeiro à Aquisição de Equipamentos Multiusuários – edital 06/2013) foram os projetos aprovados em editais da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), e divulgados pela instituição no dia 28 de fevereiro último.
De acordo com o agrônomo Daniel Zandonadi, coordenador da proposta aprovada pela FAPDF, o trabalho vem na esteira do Projeto Hortbio®, aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2011. Desenvolvido no âmbito da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), com destaque para a participação do grupo de agricultura orgânica da Unidade, o fertilizante líquido Hortbio® é resultante da biodigestão de compostos orgânicos de origem vegetal e animal, contém nutrientes, microrganismos e moléculas derivadas desses microrganismos. Mas há ainda uma carência de estudos e pesquisas para caracterizar com mais precisão o potencial de atuação do fertilizante, objetivo do projeto aprovado.
"Sabe-se a sua composição química e que age no aumento da produção, mas ainda desconhecemos suas caraterísticas microbiológicas", explica a pesquisadora Mariana Fontenelle, que atua no projeto. Segundo ela, com esse conhecimento será possível identificar os microrganismos benéficos envolvidos no crescimento da produção e, futuramente, selecionar alguns microrganismos de interesse e com função específica para melhorar essa produção, entre outras coisas. Além da Unidade Hortaliças, participam do projeto as Unidades Cerrados (Planaltina-DF), Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), Meio Ambiente (Jaguariúna-SP), Agrobiologia (Seropédica-RJ) e a Universidade de Brasília (UnB).
AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
As outras duas propostas aprovadas tratam da necessidade de contar com estruturas adequadas para o desejável desenvolvimento dos trabalhos e, por extensão, do atingimento dos objetivos dos respectivos projetos. Coordenado pelo pesquisador Leonardo Boiteux, o segundo projeto contempla a avaliação dos efeitos de estresses abióticos sobre a produção de alface, uma perspectiva decorrente do aquecimento da temperatura média do ar projetada para diversas regiões do planeta. Os efeitos desse aquecimento projetado para o DF até o final do século provavelmente terá impactos negativos sobre a produtividade e características pós-colheita da hortaliça.
Em meio a essa perspectiva, o projeto prevê a criação e a estruturação de um laboratório para adaptação dos sistemas produtivos do DF às mudanças climáticas, envolvendo linhas de atuação onde constam, por exemplo, a seleção de genótipos de alface tolerantes a altas temperaturas, o uso de microrganismos solubilizadores de fósforo e a adoção de sistemas conservacionistas visando o controle da temperatura do solo.
Segundo o pesquisador Carlos Pacheco, um dos responsáveis pela elaboração da proposta, "espera-se que o uso de sistemas produtivos que reduzam a temperatura do solo possa contribuir para a mitigação dos impactos das altas temperaturas do ar sobre os cultivos de alface, especialmente importante para o DF pelo expressivo tamanho da área plantada – cerca de 1.332 hectares, a maior entre as espécies do seu grupo".
Pacheco esclarece que o tema da pesquisa, em sua origem, partiu do pesquisador Boiteux, enquanto que as linhas do projeto em si, além dele próprio, contaram com a participação dos pesquisadores Mariana Fontenelle, Lucimeire Pilon e Iriani Maldonade.
Já a aprovação da proposta coordenada pela pesquisadora Alice Nagata e relacionada à diagnose dos problemas fitossanitários do tomateiro vai possibilitar a aquisição de três câmaras de crescimento de plantas. "São instrumentos fundamentais para avaliar as plantas sob condições de temperatura controlada", observa a pesquisadora. Ela lembra que as câmaras em questão são componentes de um conjunto de estratégias alinhadas no projeto "Diagnóstico e Controle de Pragas em Sistemas de Produção de Tomate", iniciado em novembro de 2012, com término previsto para novembro de 2015.
Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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