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Parceria para aumentar a produção de caupi e outras leguminosas no MT
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai criar nas próximas semanas força-tarefa para incentivar a produção e a exportação de feijão caupi e outras leguminosas de grãos (as chamadas "pulses") no Mato Grosso. A decisão foi articulada na última segunda-feira (13) pelo Presidente Maurício Lopes, em uma reunião em Brasília com representantes da cadeira produtiva do caupi no estado.
O diretor-executivo de P&D, Ladislau Martin Neto, será o ponto focal da Embrapa e coordenador da força-tarefa, que contará com representação da Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI), da Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT), da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), da Embrapa Produtos e Mercado (Brasília-DF), da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia (SIM), e de membros da cadeia, como a Fundação Sorriso, a cooperativa Coperaguas e o Sindicato Rural de Sorriso. "Esse grupo ficará responsável por definir uma agenda objetiva de trabalho, modelar uma proposta de governança de parceria público-privada, com objetivos e metas bem definidos", anunciou Maurício Lopes.
A reunião com a Diretoria da Embrapa foi realizada a pedido de empresários envolvidos com a produção de sementes no Mato Grosso, como Moacir Antônio Tomazetti (Sementes Tomazetti), Afrânio Cesar Migliani (diretor-executivo da Fundação Sorriso), Leandro Lodeá (Sindicato Rural de Sorriso) e Paulo Henrique Ribeiro de Aguiar (Coperaguas). O grupo solicitou três principais demandas: maior agilidade no melhoramento genético de caupi, mungo (espécie de feijão de cor verde-amarelada muito consumida na Ásia), grão-de-bico e lentilha adaptados para o estado, além de aperfeiçoamento dos sistemas produtivos dessas culturas para a região e apoio no estabelecimento de políticas públicas que possam incentivar os produtores. "Precisamos sentar com os pesquisadores para valorar e precisar melhor o tamanho do mercado asiático demandante desses grãos e elaborar uma estratégia para que o Brasil possa se tornar um provedor estável desses produtos", explicou Paulo Henrique Ribeiro.
Pesquisadores da Embrapa Meio-Norte e da Embrapa Hortaliças explicaram que muitos materiais genéticos de caupi, mungo e grão-de-bico estão em fase de teste no campo e validação, mas que a parceria com a iniciativa privada pode ajudar a acelerar as pesquisas. Lopes salientou que o caminho mais curto é adaptar e testar materiais genéticos importados da Ásia, enquanto sejam criadas estruturas internas necessárias para o desenvolvimento de novas cultivares ou linhagens. Com relação ao mungo o trabalho feito em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está em fase adiantada: quatro genótipos com alto potencial devem ser registrados ainda no primeiro semestre de 2017 junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
"A Embrapa operando sozinha não vai dar respostas em curto prazo para os problemas levantados. Já fizemos bons avanços com o caupi no Mato Grosso, mas estamos ainda longe do tamanho do desafio e da oportunidade que foi colocada para o Brasil durante a missão do ministro Blairo Maggi ao sul do continente asiático. Operar em sintonia com o setor privado é o caminho mais efetivo e rápido para consolidarmos uma proposta para o nosso País", concluiu.
Robinson Cipriano (1727/88-DF)
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