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Prosa Rural - Aumento da produtividade do feijão-de-corda com uso adequado de adubação
Outubro/2012 - 2ª semana - Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha
A adubação para tornar o solo mais fértil é uma técnica importante no manejo de qualquer cultura agrícola. No caso do feijão caupi, que é cultivado em uma grande quantidade de pequenas propriedades do semiárido brasileiro, onde a fertilidade natural do solo costuma ser baixa, o emprego desta técnica é considerado essencial.
E é dela que vai tratar o programa Prosa Rural desta semana. Os pesquisadores da Embrapa Semiárido, Magnus Dall'Igna Deon e Paulo Ivan Fernandes Junior, destacam as vantagens que os agricultores tem quando adubam de forma adequada as terras onde são cultivadas o popular feijão caupi, também conhecido como de corda ou macassa ou simplesmente verde.
Este feijão é a principal fonte de proteína para grande contigente das famílias que vivem nas áreas rurais do semiárido brasileiro. Nessa região, a maior parte dos plantios ocorre em pequenas propriedades nas áreas dependentes de chuva, onde são escassos os recursos tecnológicos. E, por isso, registram baixas produtividades em relação às outras áreas de cultivo do país.
A irregularidade das chuvas na região já é um problema sério a limitar o volume das colheitas de feijão no semiárido. Contudo, se elas se precipitam sobre as áreas cultivadas na quantidade adequada e no período certo, mas o solo está sem nutrientes, pouco fértil, as plantas vão produzir aquém do potencial da espécie nas condições do ambiente quente e seco no interior do Nordeste.
Desde quando é colocada na cova, a semente vai precisar se nutrir desses elementos para ir tomando a forma de planta, crescer, botar as vagens e encher os grãos. E como a planta tira os nutrientes do solo, o agricultor vai precisar repor para que a terra não perca a fertilidade.
Em entrevista ao programa, o pesquisador Magnus Deon explica que o agricultor deve conhecer a disponibilidade no solo de nutrientes a exemplo dos chamados macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre) (fósforo, potássio, nitrogênio) e micronutientes (boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco).
Com quantidades equilibradas de nutrientes na área cultivada o agricultor vai poder ter boas colheitas na sua propriedade.
No caso do nitrogênio, o pesquisador fala que os agricultores podem até mesmo dispensar o uso de adubo químico e passar a usar os recursos naturais dessa espécie de leguminosa: a fixação biológica do nitrogênio (FBN). O feijão-caupi é capaz de se associar a bactérias do solo que captam o nitrogênio atmosférico e fornecem às plantas. Essas bactérias, chamadas de rizóbios, estão em pequenas estruturas arredondadas nas raízes das plantas, denominadas nódulos.
Esse processo ocorre graças a bactérias nativas que são encontradas no solo. Porém, pode ser potencializado por meio do fornecimento desses microorganismos no momento do plantio, através da aplicação de inoculantes. Segundo Paulo Ivan, a inoculação do feijão-caupi no Semiárido é capaz de substituir a adubação nitrogenada de até 80 kg ha-1, na forma de uréia, e aumentar a produtividade e o rendimento de grãos do feijão-caupi em mais de 30%, reduzindo os custos de produção.
Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha
Marcelino Ribeiro (DRT-BA 1127)
Embrapa Semiárido
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