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Embrapa lança aplicativo AgroTag para o monitoramento da adoção e qualificação de ILPF
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, fará o lançamento oficial do aplicativo AgroTag durante a EsalqShow 2017, dia 10 de outubro, no campus da Esalq em Piracicaba, SP.
O aplicativo foi desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), com apoio da Rede ILPF, Instituto de Pesquisas Eldorado e da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Plataforma ABC).
O sistema foi projetado para a coleta de dados e informações das propriedades que, uma vez processadas na base de operações, retornam aos diversos atores da cadeia produtiva ou interessados em agricultura de baixo carbono em forma de informações estratégicas diretamente nos celulares ou tablets.
Na primeira etapa, técnicos de instituições público-privadas estão sendo convidados a participar da coleta de informações, e em um segundo momento o aplicativo estará disponível também aos produtores. Com essa estratégia objetiva-se a formação de um grande banco de dados colaborativo, com informações precisas sobre as diversas atividades agropecuárias. A estruturação do sistema AgroTag permitirá por meio de uso de dados e informações georeferenciadas a comprovação e diferenciação de produtos em mercados, nos quais a sustentabilidade e a certificação sejam o diferencial.
O presidente chama a atenção para a capacidade do software em revolucionar a forma de coletar, organizar, armazenar e disponibilizar informações agropecuárias de modo democrático, “possibilitando que todos os atores da cadeia produtiva possam obter dados relevantes e precisos sobre o uso de terras agrícolas no Brasil”.
Lopes destaca que a principal tarefa do Sistema AgroTag é “dar sustentação à rede de monitoramento sistemático da adoção e qualificação de sistemas de ILPF”. Isso é feito por meio da organização de um amplo banco de dados agropecuário, “oferecendo respostas aos diversos e novos desafios para a pesquisa agropecuária provenientes dos compromissos voluntários assumidos pelo Brasil no Planos ABC”, explica ele.
Para o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador da Plataforma ABC, Celso Manzatto, a disseminação e adoção progressiva do uso dessa ferramenta colaborativa com diversas instituições e agricultores permitirá, incialmente, a identificação e qualificação dos sistemas ILPF, como estratégia para regionalização das ações de transferência de tecnologia da Rede ILPF, das estimativas de redução das emissões de gases de efeito estufa pela Agricultura de Baixa Emissão de Carbono e, em uma terceira etapa, a diferenciação e certificação de propriedades rurais e tecnologias que proporcionem a redução das emissões e sequestro de carbono no solo.
Suporte a outros projetos em rede
O aplicativo, por meio de protocolo específico, está voltado para um grupo de profissionais da Embrapa e parceiros da Rede ILPF, que agrega as empresas Cocamar, Dow AgroScience, John Deere, Parker, Syngenta e a própria Embrapa. Os especialistas deverão alimentar um banco de dados para uso comum. Após essa fase, de validação completa do banco de dados, o aplicativo estará disponível para outros parceiros institucionais, como instituições de ensino e pesquisa, extensão rural, secretarias de Agricultura e Plano ABC dos Estados, bem como profissionais da cadeia produtiva e produtores.
O AgroTag ainda possui outras aplicações práticas. Pode municiar equipes de campo em missões de pesquisa que necessitem de dados geoespaciais específicos. Entre as informações estarão mapas de uso da terra, CAR (Cadastro Ambiental Rural), levantamento estratégico de dados de campo, identificação de focos de novas pragas para a implantação de barreiras sanitárias, áreas potenciais para a piscicultura, gestão das águas e bacias hidrográficas, e recomposição florestal, dentre outras.
Com a completa formatação colaborativa do banco de dados e a criação de protocolos específicos, agricultores e integrantes de toda a cadeia do agronegócio, de qualquer lugar do Brasil, por meio do smartphones, poderão acessar informações como tipo de sistema ILPF adotados na sua região e áreas ocupadas por sistemas integrados de produção, pastagens degradadas, tipos de cobertura do solo, áreas de preservação ambiental, tipos de lavoura existentes e outras, sempre com o apoio de mapas e imagens de satélite, de forma especializada, por Estados ou por municípios.
Para o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, o AgroTag “se insere na nova dinâmica da agricultura digital, onde a oferta de informações qualificadas e de forma colaborativa se torna uma ferramenta de alta relevância e impacto para a construção e disseminação de práticas sustentáveis na agricultura brasileira”.
Marcos Vicente (MTb 19.027/MG)
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