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19/06/18 |   Transferência de Tecnologia

Hortitec 2018: variedades mais produtivas são opções de plantio para produtores de mandioquinha-salsa

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Foto: Nuno Madeira

Nuno Madeira -

As mais recentes variedades de mandioquinha-salsa desenvolvidas pela Embrapa estarão expostas no estande da empresa na 25ª edição da Hortitec - Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, que acontece de 20 a 22 de junho, em Holambra/SP.

Os novos materiais podem ser até 80% mais produtivos que a variedade Amarela de Senador Amaral, lançada há duas décadas também pela Embrapa, e que hoje domina 95% da área nacional plantada com essa raiz. As cultivares BRS Rúbia 41, BRS Catarina 64 e BRS Carijó 56 também se apresentam como alternativas de materiais genéticos para diversificar as lavouras que, atualmente, dependem de uma única variedade.

A diversificação dos materiais é importante para a manutenção da cultura, já que o domínio de uma única variedade fragiliza a cadeia produtiva porque a torna suscetível a surtos de insetos e doenças ou à ocorrência de picos de calor ou de frio, episódios que podem ser mais frequentes em razão das mudanças climáticas. Por isso, o ponto central das pesquisas realizadas com mandioquinha-salsa é o desenvolvimento de novas variedades mais produtivas, vigorosas e resistentes.

Além do potencial produtivo, as novas variedades possuem outras características desejadas pelo setor, como formato cilíndrico, coloração intensa e aroma e sabor acentuados. As variedades BRS Rúbia 41 e BRS Catarina 64 são destinadas para os mercados varejista ou atacadista, enquanto a BRS Carijó 56 é mais recomendada para o processamento industrial na forma de chips ou outros produtos.

Panorama da cultura

Também conhecida por batata-baroa, batata-salsa ou batata-aipo, a mandioquinha-salsa foi introduzida no Brasil no início do século XX e ganhou espaço nas regiões serranas do Sul e do Sudeste. Mais recentemente, a cultura também tem sido produzida no Planalto Central, em locais com altitude superior a 1.000 metros.

A espécie também assume importância econômica na Colômbia – onde é chamada de arracacha – que divide com o Brasil o status de maior produtor mundial. As lavouras brasileiras de mandioquinha-salsa ocupam uma área equivalente a 15 mil hectares e movimentam cerca de R$ 2 bilhões anuais.

É uma hortaliça bastante apreciada pelas qualidades culinárias e nutricionais. É um alimento essencialmente energético, com altos teores de carboidratos de fácil digestão. Dentre as vitaminas encontradas na raiz estão as do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina e piridoxina) e a provitamina A, além de minerais como cálcio, magnésio, fósforo e ferro.

Mudas de qualidade

Com relação às mudas da hortaliça, as variedades BRS Catarina 64 e BRS Rúbia 41 foram licenciadas pela empresa Eagle Flores, Frutas & Hortaliças, responsável pela comercialização das mudas certificadas. Para obter a certificação, a empresa registrou os campos de produção de mudas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No caso da variedade BRS Carijó 56, ela será apresentada, no dia 22 de junho, durante o Painel de Inovação e Negócio, realizado no Auditório da Hortitec, para prospectar possíveis parceiros interessados no licenciamento, que será feito mediante edital de oferta pública.

Serviço

25ª Hortitec – Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas

Quando: 20 a 22 de junho – das 9h às 19h

Onde: Recinto da Expoflora (Al. Maurício de Nassau, 675 – Holambra/SP)

 

Paula Rodrigues e Gislene Alencar (MTb 61.403/SP e MTb 5.653/MG)
Embrapa Hortaliças

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3385.9109

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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