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Dica de leitura - Índice de Qualidade Participativo do Plantio Direto para Condições de Irrigação por Pivô Central
Uma publicação recente da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) propõe uma ferramenta de avaliação da qualidade do manejo do sistema plantio direto irrigado, o Índice de Qualidade Participativo do Plantio Direto para Condições de Irrigação por Pivô Central – IQPi.
A publicação, da pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Priscila de Oliveira, dos pesquisadores da Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ) Silvio Tavares, Alba Martins e Luís Carlos Hernani, e do professor associado da Universidade Estadual de Londrina (Londrina, PR) Ricardo Ralisch, pode ser acessada aqui.
Entre os diversos benefícios da agricultura irrigada estão o aumento de produtividade da ordem de duas a três vezes em relação à agricultura de sequeiro; redução do custo unitário de produção e utilização do solo durante todo o ano, com até três ciclos de culturas no mesmo local.
"Esperamos que este exemplo hipotético de uma avaliação do IQPi do estudo feito em Paranapanema, SP, facilite o seu uso por técnicos e produtores rurais", diz Priscila de Oliveira, já que o sistema plantio direto é uma prática agrícola consolidada no Brasil e representa uma das principais tecnologias de produção sustentável no campo. Para que suas vantagens sejam observadas é importante utilizar o adequado manejo das culturas e do solo, especialmente em condições irrigadas.
Calcula-se que no território brasileiro 29 milhões de hectares são aptos ao uso da agricultura irrigada e que do total da água captada para irrigação, não mais que 50% sejam efetivamente utilizados pelas plantas, em razão de três fatores principais: diminuta utilização de critérios técnicos para manejo da água na maioria das áreas irrigadas; informações escassas e incompletas de parâmetros climáticos e da água disponível no solo para fins de manejo e reposição de água e uso de sistemas de irrigação com baixa eficiência de aplicação de água.
O propósito é que o produtor use o IQPi ao longo do tempo, de forma que se desenvolva um processo de melhoria contínua do sistema produtivo, fundamentado na identificação de pontos críticos no manejo. Pode ser estendida a toda a propriedade rural, desde que todos os talhões sejam submetidos a essa avaliação. Em termos médios, acrescenta a pesquisadora, pode ainda ser considerada até mesmo no âmbito de uma microbacia hidrográfica se, nas áreas de sua influência hídrica, os produtores adotarem esse instrumento de gestão.
Cristina Tordin (MTB 28499)
Embrapa Meio Ambiente
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