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Cresce número de inscrições do curso para formação de certificadores de folhosas, inflorescências e condimentares
Há apenas três meses na plataforma de cursos oferecidos pela Embrapa e-Campo, o curso “Produção Integrada de Folhosas – Inflorescências e Condimentares (PIFIC)” já contabiliza 1.666 inscrições, onde se inclui o credenciamento de seis profissionais que vão atuar no processo de certificação desse grupo vegetal.
Esses números considerados expressivos têm sido interpretados pelos agentes envolvidos na sua concepção – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa Hortaliças e Instituto Certifica – como resultado da inovação introduzida em um curso dirigido para a capacitação e formação de certificadores e que abriu o espaço para a participação de outros públicos que se interessam pelo tema.
“O curso inovou porque trouxe um conteúdo de acesso gratuito para todas as pessoas que tenham interesse em conhecer as Boas Práticas Agrícolas (BPA) que possibilit.bram uma produção mais sustentável e com redução dos custos em até 30%”, sublinha Henrique Carvalho, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Hortaliças, que chama a atenção para o que considera como os dois principais objetivos do PIFIC:
“O primeiro é fazer com que esse tema se torne mais conhecido dos brasileiros, com vistas ao reconhecimento de sua importância para a melhoria da saúde do consumidor, proporcionada pela aplicação das normas de Boas Práticas Agrícolas (BPA) pelo produtor. O segundo propósito é formar responsáveis técnicos e auditores para o acompanhamento e orientação de produtores, com vistas a promover a certificação dos produtos com o selo ‘Brasil Certificado – Agricultura de Qualidade’”.
Os objetivos destacados por Carvalho foram a tônica da avaliação do curso por parte da agrônoma Eneida Dolci, participante da formação de certificadores. Segundo ela, por ser bastante abrangente e aprofundada, a capacitação proporciona uma excelente base para atuar nas duas vertentes, auditor e/ou responsável técnico.
“Em qualquer cadeia produtiva, o entendimento na área de boas práticas, sustentabilidade e rastreabilidade é fundamental na produção de alimentos, e aperfeiçoar esses conhecimentos é essencial para que se possa levar aos produtores as melhores e mais sustentáveis técnicas de cultivo, visando sempre a produção de alimentos seguros”, acentua a agrônoma.
Vantagens
Na visão de Nede Silva, agrônomo e diretor-executivo do Instituto Certifica, existem inerentes vantagens na produção integrada e na certificação, a exemplo da redução da aplicação de insumos, tanto pesticidas como adubos, e que também se estendem a outros fatores.
A organização da propriedade, na sua opinião, seria outro importante ganho para o produtor. “A PI em si já dá todas as condições para que o produtor, pela montagem dos cadernos de campo, a manutenção dos registros e a documentação organize a propriedade”, aponta Lande, que torce para que as normas previstas na produção integrada sejam ampliadas. “No futuro, talvez possamos ter certificação da propriedade e não apenas da produção integrada”, projeta Silva.
Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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