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Projeto de abacaxi instala ensaio em Itapororoca
Na última semana, os pesquisadores Davi Junghans e Jaeveson da Silva, que atua no campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura no Extremo Nordeste, estiveram em Itapororoca (PB) para montar ensaio agronômico com novos híbridos de abacaxi — Itapororoca é o município com a maior produção de abacaxi na Paraíba, segundo produtor nacional, atrás apenas do estado do Pará. Trata-se de atividade do projeto de "Abacaxi do Brasil - novas cultivares para o mercado brasileiro", que, nessa segunda fase, já instalou experimentos em São Francisco do Itabapoana (RJ) e Terra Nova do Norte (MT).
O projeto é a continuidade do programa de melhoramento genético cuja meta é desenvolver e lançar cultivares de abacaxi resistentes à fusariose e com qualidade de fruto para garantir o abastecimento do mercado interno com uma produção ambientalmente segura e menor aplicação de agroquímicos. São propostas três soluções de inovação: genótipos com potencial para ampliar a base genética do cultivo no Brasil, cultivares adaptadas aos principais polos de produção e sistema de produção em larga escala para disponibilizar mudas sadias de cultivares de abacaxi.
Para alcançar essas soluções, estão sendo desenvolvidos novos híbridos com características agronômicas mais favoráveis aos produtores (produtividade e adaptabilidade às condições edafoclimáticas) e elevada aceitação pelos consumidores (aparência externa e qualidade de fruto). A fase II, que vai de 2021 a 2025, inclui também os lançamentos de novas cultivares.
Sete ensaios foram montados na primeira fase do projeto (2017 a 2021): Itaberaba, Presidente Tancredo Neves e Eunápolis (BA), Conceição do Araguaia (PA), Frutal (MG), Marataízes (ES) e Russas (CE).
Entre os municípios maiores produtores no Brasil, Itapororoca é o terceiro, atrás de Floresta do Araguaia (PA) e São Francisco do Itabapoana (RJ), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Ou seja, entre os dez ensaios agronômicos com novos híbridos de abacaxi nas duas fases, a maioria está em áreas que representam as principais regiões produtoras de abacaxi no Brasil: Sudeste do Pará [Conceição do Araguaia], Norte Fluminense [São Francisco do Itabapoana], Brejo Paraibano [Itapororoca], Triângulo Mineiro [Frutal] e Semiárido da Bahia [Itaberaba]", informa Davi, na foto ao lado com o produtor Tobias Lopes (chapéu) e sua equipe de campo e Jaeveson (ponta à dir.).
Na terça (3), Davi visitou também o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em Itambé. "A viagem ao IPA foi uma 'retribuição' à visita que dois pesquisadores daquela instituição fizeram à Unidade há uns 5 anos para conhecer o nosso programa de melhoramento de abacaxi. Naquela ocasião, eles estavam iniciando um programa lá e buscaram informações com parte da nossa equipe técnica", conta Davi, que foi recebido no IPA pelos pesquisadores em questão: o melhorista José Severino Lira Junior e o fitopatologista Domingos de Andrade. Eles o acompanharam em visita no campo experimental para ver os genótipos selecionados por eles (abacaxi para consumo e também ornamental).
Alessandra Vale (Mtb-RJ 21.215)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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